Interação amido-lipídeos: a formação de complexos de inclusão

Resumo

Atualmente, as embalagens plásticas desenvolvidas pelas indústrias são derivadas do petróleo, sendo, praticamente, não degradáveis, portanto poluentes ao meio ambiente. Devido a isso, há um considerável interesse no desenvolvimento de materiais biodegradáveis a partir de biofilmes, polímeros de fontes renováveis, produzidos a partir da biomassa ou por microrganismos. Dentre esses materiais, a zeína, uma das proteínas do milho, tem sido usada como um material importante na ciência e na indústria por suas propriedades únicas, uma vez que oferece vantagens potenciais como matéria prima para a produção de filmes, coberturas e aplicações plásticas além de ser biodegradável e renovável. No entanto, para um biopolímero formar filme é necessário o uso de plasticizantes, os quais ajudam a superar a fragilidade dos filmes causada pela elevada força intermolecular entre as cadeias de proteínas desses materiais. Assim, comparadas com os polímeros derivados de petróleo, normalmente os biopolímeros apresentam características e propriedades diferentes, como menor resistência mecânica, que podem inviabilizar sua utilização como embalagens ou envoltórios de produtos alimentícios. No caso de filmes produzidos com zeína, vários trabalhos mostram que tem grande potencial de uso, entretanto, há necessidade de melhorias nas suas propriedades mecânicas de resistência e ajuste de outras como permeabilidade a gases. Um dos materiais que tem sido usado para modificar propriedades de polímeros convencionais, principalmente com relação ao seu fortalecimento, são as argilas modificadas. Essas argilas interagem de diferentes formas com a matriz polimérica quando são adicionadas durante a confecção do filme. Este trabalho tem o propósito de produzir material biodegradável com zeína e plasticizante adicionado de argilas modificadas e determinar suas propriedades funcionais.Palavras-chaves: biofilmes, zeína, argilas organicamente modificadas