Propriedades optoeletrônicas de diodos orgânicos emissores de luz contendo barreiras e poços quânticos de biomoléculas

Resumo

Diodos orgânicos emissores de luz (OLEDs) apresentam-se como uma alternativa inovadora no cenário energético. No entanto, a eficiência e tempo de vida dos mesmos ainda se encontram aquém dos parâmetros desejáveis. Nesse contexto, o presente projeto propõe um novo conceito de OLED híbrido que baseia-se em heteroestruturas com modulação energética em forma de poço ou barreira formada por biomoléculas (camada ativa) e polímeros semicondutores (camada transportadora de carga). Com isso, o intuito é obter a mesma característica de LEDs inorgânicos eficiente, ou seja, a condição de recombinação máxima dos portadores de carga. Nessas heteroestruturas é possível promover o confinamento dos portadores de carga em uma camada ativa fina de modo a i) aumentar a probabilidade de interação do par elétron-buraco, ii) reduzir a migração do éxciton, o que aumenta a eficiência de emissão, iii) controlar o posicionamento da camada de confinamento próxima da região da cavidade óptica e distante dos eletrodos de forma a minimizar a possibilidade de dissociação de éxcitons pelos altos campos próximos dos eletrodos, possibilitando uma maior eficiência na emissão. Além disso, a proposta de integração de material polimérico transportador de carga com propriedades emissivas de biomoléculas é inovadora uma vez que ainda não existem diodos emissores de luz híbridos formados por estes materiais. Este projeto será amparado pela infraestrutura instalada no Grupo de Polímeros Bernhard Gross do IFSC/USP e parcerias estabelecidas no âmbito do Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (INEO).