Identificação de novos biomarcadores para o Carcinoma Prostático Canino

Resumo

A próstata é um órgão propenso a doenças do envelhecimento humano e as desordens prostáticas benignas e malignas estão entre as doenças mais comuns que afetam os homens. Há uma ampla variedade de opções de tratamento diante do diagnóstico de câncer de próstata em humanos, dependendo da categoria de risco em que a doença se enquadra. O cão é o único mamífero, além do homem, que desenvolve espontaneamente a hiperplasia prostática canina (HP), a atrofia prostática e o carcinoma prostático (CaP), associado com a idade, hormônios androgênicos, além das lesões pré-neoplásicas, contudo, em contraste com o CaP em humanos, o CaP em cães não é dependente de androgênio, portanto a terapia de privação de androgênio não é eficaz, desenvolvendo assim o carcinoma prostático resistente à castração (CPRC). Muitas modalidades de tratamento usadas no CaP usual humano não podem ser aplicadas nos CPRC. E em relação aos cães, infelizmente, não existem ainda uma terapia efetiva para tratamento destes tumores, onde os tratamentos farmacológicos disponíveis são escassos, baseando-se sumariamente na prescrição de anti-inflamatórios, com baixo grau de sobrevida. Dessa forma, há necessidade da realização de novos estudos translacionais no CaP humano e canino, objetivando a identificação de marcadores preditivos e potenciais alvos terapêuticos comuns, elucidando o efeito antitumoral de drogas já existentes e almejando o desenvolvimento de terapias direcionadas. (AU)