O Alpha Crucis, adquirido pela FAPESP, a caminho do Brasil, para ampliar a pesquisa em oceanografia (foto: Luiz Nonnato)
Uma cerimônia no dia 30 de maio de 2012 no porto de Santos marcou a inauguração do navio oceanográfico Alpha Crucis, adquirido pela FAPESP para o Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo (USP). A embarcação substituirá o Professor W. Besnard, navio de pesquisas utilizado de 1967 a 2008.
A aquisição do Alpha Crucis faz parte de um projeto de incremento da capacidade de pesquisa em oceanografia no estado de São Pauo submetido à FAPESP pelo IO-USP no âmbito do Programa Equipamentos Multiusuários (EMU). O navio, cuja manutenção e gestão serão de responsabilidade do IO-USP, poderá ser utilizado por cientistas de outras instituições, dentro das diretrizes do programa EMU.
A expectativa é que o navio proporcione um grande salto qualitativo na pesquisa oceanográfica do país e incrementar programas de pesquisa da FAPESP como o Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e o programa BIOTA-FAPESP.
Com 64 metros de comprimento por 11 metros de largura, o navio tem capacidade para levar 20 pesquisadores – além de cerca de 20 tripulantes – e pode deslocar 972 toneladas. O custo total da embarcação, incluindo a reforma, foi de US$ 11 milhões.
O Alpha Crucis possui equipamentos como um sonar multifeixe, que permite produzir um mapa tridimensional do fundo do oceano, à medida que a navegação avança, guinchos e guindastes apropriados para diversas tarefas e mais de 100 metros quadrados de laboratórios.
Uma reportagem da revista Pesquisa FAPESP de maio de 2012 descreve as dificuldades enfrentadas para renomear, reformar e trazer o navio para o Brasil.
Em 31 de outubro de 2012 o Alpha-Crucis partiu do porto de Santos, rumo a Cabo Frio, no Rio de Janeiro, com 19 tripulantes e 20 pesquisadores, em seu primeiro cruzeiro com bandeira brasileira, para testar a operacionalidade do navio e dos equipamentos usados na coleta de dados.
Em 1 de dezembro de 2012, o navio partiu do porto de Santos para o primeiro cruzeiro internacional, com 20 pesquisadores do Brasil, Argentina e Estados Unidos e equipamentos para determinar eventuais variações na circulação de calor no Atlântico Sul.
Em fevereiro de 2013 o navio fez a primeira expedição de cunho essencialmente geológico que ultrapassou os limites da plataforma continental do litoral paulista, coletando sedimentos, para reconstituir a história ambiental e climática da região.
Em abril de 2012, o Programa BIOTA-FAPESP lançou o e-book (livro eletrônico) Biodiversidade e ecossistemas bentônicos marinhos do Litoral Norte de São Paulo, Sudeste do Brasil. Organizado por Antonia Cecília Zacagnini Amaral e Silvana Henriques Nallin, do Laboratório de Biologia Marinha do Instituto de Biologia da Unicamp, o livro de 573 páginas apresenta um inventário da fauna associada aos substratos marinhos – os organismos bentônicos – no Litoral Norte paulista.
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Reportagens da revista Pesquisa FAPESP
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A chegada do Alpha Crucis, junho de 2012
A saga do Alpha Crucis, maio de 2012
Equipe do primeiro cruzeiro internacional do Alpha Crucis, em dezembro de 2012 (foto:Eduardo Cesar)