O barco Lindolpho Guimarães em fase final de construção em Oriximiná, Pará; Paulo Vanzolini na canoa (foto: Paraguassú Éleres)
Em 1967 a FAPESP apoiou a construção de dois barcos – o Lindolpho Guimarães, de 11,5 metros de comprimento, e o Garbe, com 18 metros – em Oriximiná, no Pará. Os barcos – os primeiros apoiados pela FAPESP – foram usados por pesquisadores de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Belém, de Manaus e dos Estados Unidos em viages científicas a regiões inexploradas da Amazônia.
O projeto Expedição Permanente à Amazônia, coordenado pelo zoólogo Paulo Emílio Vanzolini, terminou em 1987 e enriqueceu com milhares de amostras a coleção do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), que Vanzolini dirigiu durante três décadas, como diretor vitalício. Terminado o projeto, os barcos foram doados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), de Manaus.
O relato Memória da construção das embarcações Lindolpho R. Guimarães e Garbe, em Oriximiná, Pará, 1967, assinado por Paragassú Éleres, pesquisador da construção naval na Amazônia, descreve a construção dos barcos por meio de documentos e fotos raras.
A construção dos barcos e as viagens à Amazônia estão descritas também no Livro de Bordo da Expedição Permanente à Amazônia, escrito por Vanzolini e por outros zoólogos que participaram das viagens. O Livro de Bordo integra um dos projetos de pesquisa que Vanzolini encaminhou à FAPESP em 1967.
Paulo Vanzolini morreu em dia 28 de abril de 2013, aos 89 anos.
Veja também:
Publicações científicas resultantes de projetos de pesquisa sobre Amazônia.