Balão transporta telescópio que capta a energia liberada pelas explosões solares em frequências inéditas (ilustração: Nasa)
A Nasa, agência espacial americana, lançou com êxito, no dia 18 de janeiro de 2016, da base McMurdo, na Antártica, um balão estratosférico com dois equipamentos científicos para observação do Sol.
Um dos equipamentos é o Solar-T, telescópio fotométrico duplo, projetado e construído no Brasil por pesquisadores do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em colaboração com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e apoio da FAPESP. O Solar-T é o primeiro instrumento científico do gênero construído no país, após 15 anos de pesquisa e desenvolvimento.
O outro equipamento é o experimento de raios X e gama GRIPS (Gamma-ray Imager/Polarimeter for Solar Flares), da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, ao qual o Solar-T foi acoplado.
O balão estratosférico transportando o Solar-T e o GRIPS, que pesam juntos mais de 3 toneladas, voavam a uma altitude de 40.000 metros para circum-navegar a Antártica e captar a energia liberada pelas explosões solares nas frequências de 3 e 7 terahertz (THz), que correspondem a uma fração da radiação infravermelha distante, por um período entre 20 e 30 dias.
Os dados coletados pelo telescópio fotométrico foram armazenados em dois computadores a bordo do equipamento, compactados e transmitidos, captados e gravados em dois computadores no CRAMM.
Veja também:
Reportagens e Depoimentos em Vídeo
Lançamento do balão (58segs)
Reportagem da revista Pesquisa FAPESP
Na origem das explosões solares, novembro de 2015