Em 2016, a FAPESP investiu pouco mais de 1 bilhão de reais, R$ 1.137.355.628, em 24.685 projetos de pesquisa, valor um pouco inferior ao de 2015, de R$ 1.188.693.702 em 26.445 projetos então em andamento.
Apesar da redução das receitas tributárias estaduais resultante da crise econômica do país, a FAPESP manteve o ritmo de atuação no financiamento da pesquisa em 2016 e contratou 10.480 novos projetos – 4% mais do que em 2015 –, sendo 5.491 bolsas no Brasil, 1.162 bolsas no exterior e 3.827 auxílios à pesquisa, como detalhado no Relatório de Atividades 2016 da FAPESP.
Lançada em agosto de 2017, a publicação é ilustrada com obras dos artistas de rua Gustavo e Otávio Pandolfo, conhecidos como OSGEMEOS.
A cooperação com o setor empresarial apresentou uma expansão significativa em 2016. O programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) contratou 228 novas propostas, quase uma por dia útil, com investimentos de investimentos de R$ 55,5 milhões. Em 2015, 159 projetos foram contratados e o desembolso total do programa foi de R$ 29,9 milhões.
A criação de Centros de Pesquisa em Engenharia em cooperação com empresas também recebeu impulso em 2016 com a implantação do Centro de Pesquisa Aplicada em Bem-Estar e Comportamento Humano, parceria da FAPESP com a Natura e as universidades de São Paulo (USP), Federal de São Paulo (Unifesp) e Mackenzie. Sediado na USP, o centro se dedica a estudos multidisciplinares sobre comportamento humano, em um investimento conjunto de R$ 40 milhões em 10 anos.
A pesquisa interdisciplinar respondeu por 11,5% do desembolso da Fundação em 2016, atrás das Ciências da Vida (40,5%) e das Ciências Exatas e da Terra e Engenharias (37%), e à frente das Ciências Humanas e Sociais (11%). O desempenho é superior ao de 2015, quando 10,4% do desembolso da Fundação foi para projetos interdisciplinares, e muito à frente do registrado em 2006 (7,78%) ou em 2013 (3,08%).
A FAPESP manteve investimentos consistentes também nos projetos temáticos, com duração de até cinco anos e com frequência reúnem pesquisadores de várias instituições e receberam R$ 256.266.138 em 2016, e no programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, que recebeu R$ 68,2 milhões em 2016.
O desembolso com bolsas foi de R$ 448,9 milhões, 6% menor em valores nominais que o de 2015. Mesmo assim, houve aumento de 4% no número de novas bolsas contratadas e as vigentes tiveram reajustes de 11%.
Em 2016, estavam vigentes acordos de cooperação entre a FAPESP e 94 organizações, 28 deles firmados no ano. Entre os novos acordos com agências de fomento e instituições acadêmicas, apenas um foi celebrado com uma instituição brasileira – o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os outros 24 foram acordos internacionais firmados com 7 organizações dos Estados Unidos, 3 do Reino Unido, 3 da Austrália, 2 do Canadá, 2 da França, 2 da China, 1 da Holanda, 1 da Itália, 1 da Noruega, 1 do Chile e um com 1 agência multinacional. Foram assinados acordos com três empresas: a Statoil, de origem norueguesa, a holandesa Koppert e a norte-americana IBM.
Dois simpósios da série FAPESP Week, que promovem colaborações científicas com pesquisadores de outros países, foram realizados em 2016: um nos Estados Unidos em março e outro no Uruguai em novembro.
Leia também:
Os relatórios anuais, desde 1962
Reportagem da revista Pesquisa FAPESP
Resiliência na crise, agosto de 2017