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No limiar da visão a poética do sublime em Edmund Burke

Processo: 17/20351-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2018
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2019
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Márcio Suzuki
Beneficiário:Márcio Suzuki
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Estética (filosofia)  Sublime  Empirismo  Poesia  Prazer  Dor  Corpo  Mente  Livros  Publicações de divulgação científica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Edmund Burke | Empirismo britânico | estética | Sublime | Teoria da visão | Estética

Resumo

Este livro discute como a obra de Edmund Burke (1729-1797), "Uma Investigação Filosófica sobre a Origem de nossas Ideais do Sublime e do Belo", introduz um sentido novo de sublime por oposição aos princípios da clareza e do prazer comuns às poéticas e retóricas clássicas. A experiência do sublime é descrita por Burke como marcada por incertezas, ambiguidades e contradições, na qual os objetos da percepção visual são apenas parcialmente apreendidos. Neste livro, essas questões serão pensadas a partir do modo como o autor reorganiza três dicotomias tradicionais ao pensamento ocidental: dor e prazer, corpo e mente, palavras e coisas. No capítulo primeiro, "Dor e Prazer", falaremos sobre aquilo que podemos chamar dos pressupostos gerais com os quais Burke pensa a experiência do sublime; isto é, as paixões mistas, sobretudo o medo, e o sentimento de autopreservação. Com efeito, nosso objetivo central ali é pensar sobre a reorganização das relações entre prazer e dor. Porque ambos possuem uma natureza positiva, na definição de Burke, a relação que eles estabelecem entre si não é de acréscimo ou de diminuição, mas de oposição, no sentido primitivo do termo. Exemplo disso é o que ocorre quando os espectadores sentem alguma centelha de prazer nas cenas mais trágicas, quer em espetáculos cênicos, quer em tragédias reais. No capítulo segundo, "Corpo e Mente", os vastos e ilimitados panoramas naturais servem de argumento para o modo como Burke restringe o papel da visão na experiência do sublime, posto que, segundo ele, por sermos incapazes de estabelecer com clareza os contornos da paisagem, nós, espectadores, nos vemos diante de um jogo de expectativa e surpresa (tensão e relaxamento) que guarda um paralelo com às ascensões e quedas de uma peça musical. A visão de edifícios arquitetônicos e de jardins-paisagem, segundo o autor, seria capaz de explicar um mecanismo que é a um só tempo fisiológico e musical. No terceiro capítulo, "Palavras e Coisas", discutiremos a defesa de Burke de uma linguagem não imagética, que não comunica ou afeta por meio de ideias sensíveis. Nesse momento, a noção de uma linguagem estritamente denotativa é confrontada com exemplos de palavras que agem sobre a alma sem passar pela clareza do conceito. Desvencilhada da imagem, ou da representação, a palavra ganha estatuto de coisa, de concretude. A poesia também é um dos temas que discutiremos ali, sobretudo a partir de seu contraste com a pintura e por oposição ao princípio humanista do Paragone: a comparação entre as artes. (AU)

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