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O debate econômico no processo de independência e de consolidação do estado no brasil (1808-1831).

Processo: 18/04642-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de outubro de 2018 - 31 de março de 2021
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Nelson Mendes Cantarino
Beneficiário:Nelson Mendes Cantarino
Instituição Sede: Instituto de Economia (IE). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Economia política  História do pensamento econômico  Instituições  Esfera pública 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:economia política | Esfera Pública | História do Pensamento Econômico | Império Luso-Brasileiro | Independência e Império do Brasil | instituições | História do Pensamento Econômico no Brasil

Resumo

O Império português não passou imune à crise do Antigo Regime europeu. A aposta pelo estabelecimento da Coroa na América Portuguesa, a abertura dos portos (1808) e o fim do exclusivo comercial foram objetos de um intenso debate na sociedade lusa em ambas as margens do Atlântico. Seria necessário reformar as instituições econômicas da Monarquia? Qual seria sua política comercial? A tributação ainda era eficiente? Deveriam manter a escravidão? Como financiar o esforço de guerra no Reino de Portugal? Qual seria o caráter jurídico da Monarquia: constitucional ou absolutista?A crise do Antigo Regime português é um momento histórico no qual o debate político, jurídico e institucional abandona os salões da Corte e chega às ruas. Impacto do ideário liberal, a disputa pela opinião pública será um dos instrumentos de legitimação dos grupos de interesse que buscam impor seus projetos à sociedade. No período que marca a chegada da família real ao Rio de Janeiro (1808) até o reconhecimento formal da independência do Império do Brasil por Lisboa (1825) é possível acompanhar uma enxurrada de impressos e periódicos e um acirramento do debate público em torno dos destinos da sociedade luso-brasileira. Já no Império do Brasil, as linguagens políticas e o universo da cultura letrada dos brasileiros vão paulatinamente se afastando da tradição luso-brasileira para a formatação de um novo discurso de caráter nacional. Velhos dilemas, a escravidão, a influência britânica, os interesses dos latifundiários, estes permanecem, mas suas justificativas e críticas agora são baseadas em novas ideias e discursos. A Economia Política e suas práticas governativas guiaram a atuação de diversos agentes nas primeiras décadas do regime imperial.Através da leitura e crítica dos periódicos publicados, dos discursos parlamentares, dos textos difundidos com a temática econômica neste contexto é possível reconstituir os objetivos e argumentos dos grupos de interesse da sociedade. Quais instituições estes defendiam? Quais argumentos econômicos embasavam seus discursos? Quais objetivos estavam em seus horizontes: a manutenção do Império luso-brasileiro? A independência do Brasil? Uma nova monarquia imperial brasileira?Nosso objetivo, a partir de fontes pré-selecionadas, será identificar esses grupos, analisar seus argumentos econômicos e aproximar sua atuação ao processo de dissolução do Antigo Regime português e de seu Império atlântico e a consolidação do novo Estado Imperial brasileiro. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
NELSON MENDES CANTARINO; FERNANDO RIBEIRO LEITE NETO. A grande estratégia do Império português: D. Luís da Cunha e as origens do reformismo ilustrado luso-brasileiro. Nova econ., v. 30, n. 2, p. 655-677, . (18/04642-0)

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