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Efeitos neuroprotetores da neuromodulação no acidente vascular cerebral na fase aguda

Processo: 19/00956-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2019
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2021
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Acordo de Cooperação: Emory University
Proposta de Mobilidade: SPRINT - Projetos de pesquisa - Mobilidade
Pesquisador responsável:Adriana Bastos Conforto
Beneficiário:Adriana Bastos Conforto
Pesquisador Responsável no exterior: Raul Gomes Nogueira
Instituição Parceira no exterior: Emory University, Estados Unidos
Instituição Sede: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:18/03737-8 - Comparação entre os mecanismos subjacentes aos efeitos da estimulação repetitiva periférica sobre o desempenho motor do membro superior nas fases subaguda e crônica após o acidente vascular cerebral, AP.R
Assunto(s):Neurologia  Acidente vascular cerebral  Neuroproteção  Trombectomia  Reperfusão  Neuromodulação  Terapia por estimulação elétrica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Acidente Vascular Cerebral | Neuroproteção | reperfusão | trombectomia | trombólise | Neurologia

Resumo

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo, resultando em um enorme ônus social e econômico em países desenvolvidos e em desenvolvimento. O AVC isquêmico é responsável por até 80% dos casos. Na fase aguda, no cérebro isquêmico, existe tipicamente uma área central ("core") caracterizada por uma perfusão muito baixa. Nessa área, há morte celular. O "core" é cercado por uma região isquêmica disfuncional que pode ser potencialmente recuperada se o fluxo sanguíneo for restaurado, a "penumbra". Os processos plásticos que levam à recuperação dependem da presença tecido cerebral viável e, portanto, da preservação da penumbra. Se o fluxo sanguíneo não for restaurado após várias horas do início da isquemia, a penumbra pode evoluir para "core" e se tornar permanentemente disfuncional. Desde 1995, a trombólise intravenosa tem sido um tratamento aprovado para o AVC agudo. A trombólise leva à dissolução de trombos e recanalização, mas só pode ser administrada até 4,5 horas do início dos sintomas. Essa janela terapêutica estreita limita o impacto desse tratamento, uma vez que a maioria dos pacientes chega aos serviços de emergência em um estágio posterior. Nos últimos anos, a trombectomia mecânica se estabeleceu como um tratamento de última geração para pacientes com oclusões arteriais proximais no território de circulação anterior. Raul Nogueira, investigador principal (PI) desta proposta da Emory University, foi co-PI no ensaio DAWN, um estudo de referência que mostrou benefícios da trombectomia de 6 a 24 horas após o início dos sintomas em pacientes selecionados. Porém, permanece a grande necessidade de melhorar ainda mais o prognóstico dos pacientes. No estudo DAWN, mais da metade dos pacientes com oclusão de grandes artérias na circulação anterior permaneceram permanentemente incapacitados, apesar das terapias de recanalização. Os mecanismos subjacentes a esses resultados podem envolver danos na barreira hematoencefálica, estresse oxidativo, falta de reperfusão na microcirculação e perda neuronal irreversível. Considerando este cenário, a associação de intervenções neuroprotetoras às terapias de recanalização é o próximo passo lógico para melhorar o prognóstico do AVC. As intervenções de neuromodulação são fortes candidatas para alcançar esse objetivo. A estimulação sensorial periférica repetitiva (SPR) é uma intervenção de neuromodulação não invasiva que consiste na administração de pulsos elétricos a nervos periféricos por eletrodos de superfície. A PI Adriana Conforto foi pioneira em estudos sobre a SPR no AVC. Ela e outros pesquisadores em diversos países mostraram que a SPR aumenta a excitabilidade cerebral e melhora a função motora do membro superior. Uma questão chave que ainda precisa ser respondida é se a SPR também pode melhorar a perfusão cerebral ou promover a neuroproteção. Através desta proposta do SPRINT, estabeleceremos a colaboração entre a Emory e o Hospital das Clínicas/USP. Este estudo de comprovação de princípios ampliará o conhecimento a ser obtido pelo projeto FAPESP 2018/03737-8 e combinará a experiência dos dois PIs reunindo duas linhas sólidas de investigação: neuromodulação no AVC (Conforto) e tratamento do AVC agudo ( Nogueira). Essa combinação fomentará projetos inovadores em ambas as instituições. Duas visitas serão conduzidas pela pesquisadora (PI) de São Paulo à Emory/Marcus Stroke Center e outras duas, do PI da Emory ao Brasil. Cada visita durará 3 dias. As visitas envolverão a discussão dos dados piloto coletados para este projeto, o planejamento de um projeto abrangente maior a ser apresentado no futuro, reuniões/seminários científicos (por teleconferências) e um simpósio no Brasil, aberto a pesquisadores não envolvidos no projeto, para fortalecer conexões entre pesquisadores de São Paulo e da Emory. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
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