Vacina anti-influenza H1N1/2009 em pacientes com doenças reumáticas autoimunes
- Auxílios pontuais (curta duração)
Processo: | 18/16162-3 |
Linha de fomento: | Auxílio à Pesquisa - Regular |
Vigência: | 01 de outubro de 2019 - 30 de setembro de 2021 |
Área do conhecimento: | Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica |
Pesquisador responsável: | Eduardo Ferreira Borba Neto |
Beneficiário: | Eduardo Ferreira Borba Neto |
Instituição-sede: | Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil |
Pesq. associados: | Clovis Artur Almeida da Silva ; Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá ; Nádia Emi Aikawa ; Sandra Gofinet Pasoto |
Assunto(s): | Influenza Imunogenicidade Reumatologia Vacinas Febre amarela Segurança |
Resumo
O prognóstico de doenças reumáticas autoimunes (DRAI) melhorou consideravelmente com a evolução de terapias específicas, porém as infecções ainda constituem causa relevante de morbimortalidade nesta população. A imunização é, portanto, uma ferramenta importante para prevenção de infecções neste grupo de pacientes. A campanha de vacinação contra a influenza de 2018 foi reforçada pelo fato de que nos EUA houve um predomínio da infecção grave pelo vírus da influenza A (H3N2) que causou um número expressivo de internações e óbitos. Nesse mesmo ano, a OMS incluiu o Estado de São Paulo como área de risco para a febre amarela e as Sociedades de Especialistas (Reumatologia, Imunização, Infectologia e Medicina Tropical) emitiram nota técnica conjunta recomendando a vacinação para pacientes com DRAI que estavam com baixo grau de imunossupressão durante a campanha de vacinação. Não existem, no entanto, trabalhos prospectivos e controlados sobre a imunogenicidade, risco de eventos adversos, e risco de ativação da doença pelas vacinas da febre amarela e influenza A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016 (H3N2) em pacientes com DRAI. Dessa forma, durante as duas campanhas realizadas no próprio complexo HCFMUSP, os pacientes com diversas DRAI em seguimento regular no Ambulatório de Reumatologia HCFMUSP e na Unidade de Reumatologia Pediátrica do Instituto da Criança HCFMUSP e controles saudáveis foram convidados a participar dos estudos. Para a campanha da febre amarela foram incluídos controles saudáveis pareados para sexo/idade e apenas pacientes com baixo grau de imunossupressão [artrite reumatóide (AR), espondiloartrites, lúpus eritematoso sistêmico (LES), dermatomiosite (DM), doença mista do tecido conectivo, vasculites sistêmicas, esclerose sistêmica (ES), síndrome de Sjögren primária (SSp), síndrome antifosfolípide (SAF), artrite idiopática juvenil e LES juvenil]. Crianças, adolescentes e adultos foram avaliados clinicamente no dia da vacina (fracionada), 5, 10 e 30-45 dias pós-vacina e com coleta de exame nas mesmas datas para avaliação de efeitos adversos, viremia, imunogenicidade e parâmetros de atividade de cada uma das doenças (somente pacientes). Para a campanha de vacinação anual contra influenza 2018, com a vacina influenza inativada e fragmentada [A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09, A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016 (H3N2) e B/Phuket/3073/2013], foram incluídos controles saudáveis pareados para sexo/idade e pacientes com LES (adulto e juvenil) e SSp. Todos foram avaliados clinicamente no dia da vacina e após 30-45 dias pós-vacina e com coleta de exame nas mesmas datas para avaliação de efeitos adversos, imunogenicidade e parâmetros de atividade de cada uma das doenças (somente pacientes). (AU)