Comparação da microbiota intestinal de lactentes nascidos por parto normal e cesáreo amamentados exclusivamente por mães que secretam oligossacarídeos a1-2 fucosilados no leite materno

• Processo: 21/00913-2
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2021
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2021
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Nutrição
• Pesquisador responsável: Tania Beninga de Morais
• Beneficiário: Tania Beninga de Morais
• Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Aleitamento materno Microbioma gastrointestinal Nutrição infantil
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Aleitamento Materno | cesariana | microbiota intestinal | oligossacarídeos do leite humano | Status Secretor | Nutrição infantil

Resumo

Introdução: O aleitamento materno exclusivo promove modificações benéficas na microbiota de lactentes nascidos por cesariana, mas pouco se sabe sobre o papel de componentes específicos do leite materno nessa modulação. Mulheres com um gene FUT2 ativo (chamadas de secretoras) secretam oligossacarídeos a1-2 fucosilados no leite humano, que promovem Bifidobacterium no intestino do lactente e podem modular a microbiota de lactentes nascidos por cesariana. Objetivo: Comparar a composição da microbiota de lactentes nascidos por parto normal e cesariana amamentados por mães secretoras. Métodos: O fenótipo secretor materno foi determinado pela ocorrência de 4 diferentes oligossacarídeos do leite humano (HMOs) a1-2 fucosilados no leite materno por LC-MS. A composição da microbiota fecal de lactentes nascidos por parto normal e cesariana foi analisada pelo sequenciamento do gene 16S rRNA e qPCR, estratificada pelo fenótipo secretor materno e comparada. Resultados: A diversidade (alfa e beta) não foi significativamente diferente em lactentes nascidos por cesariana amamentados por mães secretoras (CSe+) em comparação com lactentes nascidos por parto normal amamentados por mães secretoras (VSe+). Não houve diferenças significativas na abundância fecal relativa de Bifidobacterium entre lactentes CSe+ e VSe+, mas a prevalência da espécie B. longum foi menor em CSe+. A abundância fecal relativa de Bacteroides também foi menor, enquanto Akkermansia e Kluyvera foram maiores em lactentes CSe+. Conclusão: Recém-nascidos de parto normal e cesáreo alimentados com leite materno contendo a fração a1-2 fucosilada dos HMOs apresentam quantidades semelhantes de Bifidobacterium nas fezes, mas diferenças são observadas em outros membros da microbiota. (AU)