Impacto do uso do solo sobre a emissão de gases de efeito estufa e carbono do solo na Amazônia oriental: fase 1

• Processo: 19/25234-0
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2021
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2024
• Área do conhecimento: Ciências Agrárias - Zootecnia - Pastagens e Forragicultura
• Acordo de Cooperação: CONFAP - Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa
• Pesquisador responsável: Ricardo Andrade Reis
• Beneficiário: Ricardo Andrade Reis
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Jaboticabal. Jaboticabal , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Abmael da Silva Cardoso ; Ana Cláudia Ruggieri
• Bolsa(s) vinculada(s): 22/10814-4 - Efeito do sistema de uso do solo sobre o C total e frações da matéria orgânica, BP.TT; 21/13501-4 - Efeito do sistema de uso do solo sobre o C total e frações da matéria orgânica, BP.TT
• Assunto(s): Manejo de pastagem Emissão de gases Gases do efeito estufa Dióxido de carbono Metano Óxido nitroso Mudança climática Uso do solo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Manejo de pastagens | Metano | óxido nitroso | Mudanças climáticas

Resumo

A agropecuária é uma das principais agentes emissores de gases do efeito estufa, como carbono (CO2) e óxido nitroso (N2O). Grande parte da contribuição do Brasil nas emissões de CO2, é devido à mudança no uso da terra ser relativamente recente e motivado principalmente pelo desmatamento para posse da terra através da queima e incorporação do material do solo, sem reposição de nutrientes, nesse sistema, os proprietários utilizam as pastagens como a maneira mais barata de "usar" a terra para um benefício econômico. Já o N2O é um gás emitido através das excreções de fezes e urina dos animais, além da emissão proporcionada por adubação nitrogenada. Com isso, a agropecuária acaba sendo considerada uma vilã, devido o elevado potencial de emissão de gases, porém, estratégias de manejo proporcionam uma diminuição da emissão desses gases, uma vez que o estoque de carbono no solo em sistemas pastoris é semelhante ao de áreas de floresta nativa. Objetiva-se com este estudo, avaliar o estoque de carbono e o fluxo de N2O dos solos submetidos a mudança no uso da terra em diferentes classificações climáticas do bioma Amazônia. Após consultas com produtores locais, três sistemas diferentes com quatro repetições, em cada tipo de clima (Af, Am e Aw) serão selecionados, sendo que os sistemas em um mesmo clima deverão ter o mesmo tipo de solo (Classe e textura). Todos deveram ter em comum áreas adjacentes com pastagens intensivas, pastagens extensivas, agricultura e vegetação nativa (VN). As coletas de campo ocorrerão em abril a dezembro de 2020. Para avaliação do fluxo de N2O, será escolhida uma propriedade em casa sistema de produção por clima. Será realizado a validação de cronossequências através da produtividade da pastagem, crescimento de forragem, liteira existente, densidade populacional de perfilhos e fração leve de matéria orgânica no solo. Será aberta uma trincheira de ~1 m para coleta de solo e os intervalos tomados para amostragem terão profundidade de 0 a 5, 5 a 10, 10 a 20, 20 a 30, 30 a 40, 40 a 60, 60 a 80 e 80 a 100 cm. As partir das amostras do solo será realizado avaliação da textura do solo, fração de leve da MOS, C total, N total e abundância de 13C. O fluxo de N2O será avaliado através de incubação em câmara estática, serão realizadas três inclubações, a primeira testando os sistemas agrícolas de cada clima seguindo um esquema de DIC com modelo fatorial 4 x 3, na segunda incubação os solos serão submetidos a adubação nitrogenada (0, 90, 180 e 270 kg ha-1) seguindo um esquema de DIC com modelo fatorial 4 x 3 x 4 e na terceira incubação os solos serão submetidos a elevação de temperatura (25, 30, 35 e 40 °C) seguindo um esquema de DIC com modelo fatorial 4 x 3 x 4, todas com cinco repetições, e a amostragem sendo realizada entre 9 e 10 horas. (AU)