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A administração crônica de canabidiol (CBD) induz efeitos anticonvulsivante e antiepileptogênicos em um modelo genético de epilepsia.

Processo: 21/05808-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Vigência: 01 de julho de 2021 - 31 de dezembro de 2021
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
Pesquisador responsável:Norberto Garcia Cairasco
Beneficiário:Norberto Garcia Cairasco
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:19/05957-8 - Epilepsias e comorbidades neuropsiquiátricas: caracterização dos efeitos do tratamento com canabidiol e HUF-101 em modelos experimentais in vivo e in vitro, AP.R
Assunto(s):Epilepsia  Neurofisiologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Anticonvulsant | cannabidiol | CB1 receptors | epilepsy | Neuronal activity | Preclinical model | Neurofisiologia

Resumo

O canabidiol (CBD) é um composto presente na Cannabis sp., que vem sendo estudado para o tratamento das epilepsias em modelos animais e em pacientes farmacorresistentes. Entretanto, pouco se sabe sobre os efeitos da administração crônica de CBD em modelos de crises epilépticas, especialmente sobre seus potenciais efeitos antiepileptogênicos. No presente estudo, usamos a combinação de um modelo genético de epilepsia (animais da linhagem Wistar Audiogenic Rats - WARs), um protocolo de crises epilépticas crônicas (o Kindling Audiogênico - AuK), análises quantitativas e sequenciais de comportamentos (Neuroetologia) e microscopia de imagem para analisar os efeitos da administração crônica de CBD em um modelo genético de epilepsia. Crises audiogênicas agudas são caracterizadas por crises tônico-clônicas e intensa atividade mesencefálica. Porém, durante o AuK, WARs podem desenvolver crises límbicas associadas com o recrutamento de estruturas prosencefálicas. No presente estudo, o tratamento crônico com CBD, duas vezes ao dias, atenuou as crises tônico-clônicas e preveniu o recrutamento límbico, suprimindo as crises límbicas, sugerindo efeitos antiepileptigênicos do CBD. Além disso, CBD preveniu a hiperatividade neuronal crônica, suprimindo a expressão da proteína FosB em estruturas mesencefálicas (colículo inferior e substância cinzenta periaquedutal) e prosencefálicas (núcleo basolateral da amígdala e córtex piriforme), estruturas cerebrais associadas com crises tônico-clônicas e límbicas, respectivamente. Crises crônicas aumentaram a expressão de receptores canabinóides do tipo 1 (CB1R) no hipocampo e no núcleo basolateral da amígdala, enquanto que a administração de CBD preveniu as alterações em CB1R induzidas pelo AuK. A análise neuroetológica providenciou detalhes sobre os efeitos protetivos do CBD contra crises mesencefálicas e límbicas associados com a expressão de FosB. Nossos resultados indicam que o tratamento crônico com CBD tem efeitos anticonvulsivantes e antiepileptogênicos associados com a redução da atividade neuronal crônica e modulação da expressão de CB1R, dando suporte ao uso crônico de CBD para o tratamento das epilepsias. (AU)

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