Auxílio à pesquisa 21/02976-1 - Invasão biológica, Relações bióticas - BV FAPESP
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Desvendando um sistema planta invasora-mamífero vetor de doença no estado de São Paulo, Brasil

Processo: 21/02976-1
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
Acordo de Cooperação: NERC, UKRI
Pesquisador responsável:Vânia Regina Pivello
Beneficiário:Vânia Regina Pivello
Pesquisador Responsável no exterior: Wayne Dawson
Instituição Parceira no exterior: Durham University (DU), Inglaterra
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Dalva Maria da Silva Matos ; Marcelo Bahia Labruna ; Paulo Henrique Peira Ruffino ; Philip Andrew Stephens ; Rafael de Oliveira Xavier
Vinculado ao auxílio:19/19293-4 - Perda de biodiversidade em unidades de conservação paulistas e práticas para restauração ecológica, AP.BTA.R
Assunto(s):Invasão biológica  Relações bióticas  Plantas invasoras  Capivaras  Carrapatos  Vetores de doenças  Risco à saúde humana 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Animal behaviour | biotic interactions | disease vector | invasive plants | occupancy | riverine habitats | Biological Invasion

Resumo

As plantas invasoras podem causar impactos ecológicos de amplo alcance e em diferentes escalas nas comunidades naturais e afetar as funções fundamentais para a conservação dos serviços ecossistêmicos. No sudeste brasileiro, plantas invasoras herbáceas, como o lírio do brejo (Hedychium coronarium) e o capim-elefante (Cenchrus purpureus), podem alterar a diversidade de espécies nativas em áreas ribeirinhas, bem como a distribuição e abundância de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), proporcionando habitat para refúgio e descanso e, potencialmente, alimento. As capivaras geralmente carregam carrapatos, dentre eles o Amblyomma sculptum, vetor da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa (BSF). Assim, plantas invasoras possuem potencial para aumentar o risco de FSM nas áreas invadidas. Entretanto, faltam informações quantitativas e qualitativas que descrevam a intensidade destas interações envolvendo plantas invasoras, capivaras e carrapatos. O entendimento dessa dinâmica será fundamental para compreender os padrões espaço-temporais de risco de doenças transmitidas por carrapatos nessa região. O objetivo geral deste projeto é descrever e compreender o suposto sistema planta invasora-capivara-carrapato no estado de São Paulo, que servirá de base para futuras investigações e previsões de risco à saúde humana apresentados por esse sistema e suas espécies componentes. Nosso projeto será apoiado por três workshops: dois na Universidade de São Paulo e um terceiro workshop final na Universidade de Durham. Assim, no início do projeto, o Workshop 1 estabelecerá uma rede de pesquisadores, gestores de unidades de conservação, integrantes de órgãos governamentais (Secretaria de Fauna/SP, Secretaria de Saúde/SP) e alunos de pós-graduação. Essa rede servirá de base para uma campanha de coleta de dados para estabelecer a distribuição das plantas invasoras e capivaras. Usaremos esses dados de distribuição para selecionar locais para amostragem da abundância de carrapatos e levantamentos com armadilhas fotográficas, em vegetação invadida e não invadida pareadamente. Com isso, testaremos se a abundância de carrapatos e a ocupação de capivara são maiores nas áreas invadidas. Os dados de capivara e carrapatos serão coletados na segunda metade do projeto, após o Workshop 2, quando forneceremos treinamento em técnicas de armadilhamento fotográfico para estimar a ocupação da capivara, iniciaremos um estudo piloto para confirmar evidências da presença de capivara por meio de caracteristicas da vegetac'ao, atraves de imagens de drone, e finalizaremos a metodologia para coletados carrapatos. Neste segundo workshop também apresentaremos e discutiremos os resultados preliminares com o público do Workshop 1, e obteremos suas percepções e sugestões. Ao final do projeto, após a coleta e análise de dados, teremos o Workshop 3, onde revisaremos nossas principais descobertas, discutiremos as lições aprendidas, incorporaremos ideias e sugestões recebidas no workshop 2 e faremos um planejamento para dar continuidade ao projeto. Nosso projeto reunirá uma combinação única de habilidades e experiência dos parceiros do projeto para formar a base de uma rede de colaboração diversa e duradoura entre o Reino Unido e o estado de São Paulo, com foco na pesquisa dos impactos causados por espécies invasoras sobre vetores de doenças aos humanos, através de análises baseadas na ecologia de comunidades e ecossistemas. (AU)

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