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Eficácia anti-biofilme do éster fenetil do ácido cafeico (CAPE) in vitro e em modelo murino de candidíase oral

Processo: 21/08757-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Vigência: 01 de agosto de 2021 - 31 de janeiro de 2022
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Odontologia
Pesquisador responsável:Juliana Campos Junqueira
Beneficiário:Juliana Campos Junqueira
Instituição Sede: Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José dos Campos. São José dos Campos , SP, Brasil
Assunto(s):Biofilmes  Candida albicans  Candidose  Microbiologia oral 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Biofilmes | Cândida Albicans | candidíase bucal | éster fenetil do ácido caféico | Microbiologia Bucal

Resumo

Candida albicans é a principal espécie fúngica associada ao desenvolvimento de candidíase bucal. Atualmente, as opções terapêuticas para essas infecções estão limitadas aos efeitos adversos dos antifúngicos e ao surgimento de cepas resistentes aos medicamentos. Assim, o desenvolvimento de novos agentes antifúngicos é necessário para a prevenção e tratamento das infecções bucais por Candida. O éster fenetil do ácido cafeico (CAPE) é um composto natural da própolis que apresenta diversas propriedades farmacológicas. Neste estudo, investigamos se o CAPE poderia apresentar efeitos antifúngicos e imunomoduladores na candidíase bucal. Inicialmente, a atividade antifúngica do CAPE foi avaliada por meio de testes de Concentração Inibitória Mínima (CIM), encontrando-se valores de CIM de 16 a 32 ¼g/mL entre várias cepas de C. albicans isoladas da cavidade bucal. Posteriormente, foram estudados biofilmes de Candida formados in vitro, nos quais o tratamento com CAPE a 5 x CIM causou uma redução de 68,5% na biomassa total e ~ 2,60 Log na contagem de células viáveis (UFC/mL) em relação ao biofilme não tratado (p <0,0001). Além disso, foram analisadas as expressões gênicas de C. albicans em biofilmes por PCR em tempo real. Vários genes analisados (ALS1, ECE1, EPA1, HWP1, YWP1, BCR1, BGR1, CPH1, EFG1, NDT80, ROB1, TEC1, UME6, SAP2, SAP5, PBL2 e LIP9) foram negativamente regulados pelo CAPE em comparação com o grupo controle não tratado. Em estudos in vivo utilizando Galleria mellonella, verificou-se que o tratamento com CAPE prolongou a sobrevida de larvas infectadas por C. albicans em 44,5% (p <0,05), sendo essa sobrevivência acompanhada por um aumento de 2 vezes do número de hemócitos. Utilizando-se citometria de fluxo, observou-se que os aumentos mais significativos ocorreram nos hemócitos dos tipos P2 e P3, que são células granulares responsáveis pela fagocitose de patógenos. Além disso, o tratamento com CAPE diminuiu a carga fúngica na hemolinfa das larvas e estimulou a expressão de genes de peptídeos antifúngicos, como galiomicina e galerimicina. Essas atividades antifúngica e imunomoduladora observadas em G. mellonella foram estendidas para o estudo de candidíase bucal em camundongo, no qual o tratamento com CAPE diminuiu os níveis de colonização oral por C. albicans (~ 2 log UFC/mL) em relação ao grupo controle não tratado. O tratamento com CAPE reduziu significativamente as lesões pseudomembranosas de candidíase no dorso da língua, a invasão de hifas nos tecidos epiteliais, o dano tecidual e o infiltrado inflamatório (p <0,05). O CAPE também foi capaz de aumentar em 3,91 vezes a expressão de ²-defensina-3 em comparação com o grupo não tratado (p <0,0001). Em conjunto, esses resultados mostram que o CAPE tem efeitos antifúngicos e imunomoduladores, tornando-o um agente antifúngico natural promissor para o tratamento e prevenção da candidíase bucal. (AU)

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