Auxílio à pesquisa 21/13462-9 - Malária - BV FAPESP
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Efeitos causais em baixo Apgar de 5 minutos e natimortos em uma investigação de malária e saúde materno-fetal: estudo de vigilância perinatal na Amazônia brasileira

Processo: 21/13462-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Parasitologia - Entomologia e Malacologia de Parasitos e Vetores
Pesquisador responsável:Gabriel Zorello Laporta
Beneficiário:Gabriel Zorello Laporta
Instituição Sede: Centro Universitário FMABC (FMABC). Santo André , SP, Brasil
Assunto(s):Malária 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:malária | Parasitologia e Doenças Infecciosas

Resumo

IntroduçãoA eliminação da malária no Brasil apresenta vários desafios, incluindo o controle de focos de Plasmodium falciparum e a carga oculta dePlasmodium vivax na gravidez. Malária materna e resultados de saúde fetal foram investigados com um estudo de vigilância perinatalno município de Cruzeiro do Sul, estado do Acre, Amazônia brasileira. As questões de pesquisa são: quais são os efeitos causais de baixopeso ao nascer em baixo Apgar aos 5 minutos e de anemia perinatal em natimorto?MétodosDe novembro de 2018 a outubro de 2019, gestantes e 22 semanas ou puérperas, que deram à luz na maternidade de referência(Hospital da Mulher e da Criança de Juruá), foram recrutados para participar de um estudo de vigilância da malária. A informação clínica foiobtida a partir de um questionário e abstraída de relatórios médicos. O nível de hemoglobina e a presença de parasitas da malária foram testadospor contador de hematologia e microscopia de luz, respectivamente. Apgar baixo em 5 minutos e natimorto foram os resultados analisados em funçãode dados clínicos e fatores de risco epidemiológicos para infecção de malária materna usando um modelo de efeitos aditivos e independentese um modelo causal com controle de fatores de confusão e uso de mediação.ResultadosNo total, 202 (7,2%; N = 2.807) mulheres tiveram malária durante a gravidez. Quase metade das infecções por malária durante a gravidez (n = 94) foramP. falciparum. Um total de 27 mulheres (1,03%; N = 2632) teve malária perinatal (19 P. vivax e 8 P. falciparum). A anemia perinatal foidemonstrada em 1144 mulheres (41,2%; N = 2779) e baixo peso ao nascer ocorreu em 212 recém-nascidos (3,1%; N = 2807). Um total de 75recém-nascidos (2,7%; N = 2.807) tiveram baixos (<7) escores de Apgar em 5 minutos, e natimorto ocorreu em 23 casos (30,7%; n = 75). Baixo peso ao nascer resultou em probabilidade 7,1 maior de baixo Apgar em 5 min (OR = 7,05, IC 95% 3,86-12,88, p <0,001) modulado por viver na zona rural, malária durante a gravidez, malária perinatal e anemia perinatal. A natimortalidade foi associada à anemia perinatal (OR = 2,56, IC 95% 1,02-6,42, p = 0,0444) modulado por viver em condições rurais, malária falciparum durante a gravidez, malária perinatal e febre perinatal.ConclusõesEnquanto o Brasil segue seu caminho para a eliminação da malária, a população ainda enfrenta grandes problemas estruturais, incluindo o baixo padrãode condições de vida. Aqui, infecções de malária em mulheres grávidas foram observadas tendo efeitos indiretos sobre os resultados fetais, contribuindo paraApgar baixo aos 5 min e natimorto. Finalmente, a utilidade de empregar vários métodos de análise estatística para validar tendências consistentes évital para garantir projetos de intervenção de saúde pública. (AU)

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