Auxílio à pesquisa 21/00290-5 - Política externa, Política externa do Brasil - BV FAPESP
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A burguesia brasileira e a política externa nos governos FHC e Lula

Processo: 21/00290-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no exterior
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2022
Data de Término da vigência: 31 de março de 2023
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Ciência Política - Política Internacional
Pesquisador responsável:Tatiana Berrinnger
Beneficiário:Tatiana Berrinnger
Instituição Sede: Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS). Universidade Federal do ABC (UFABC). Ministério da Educação (Brasil). Santo André , SP, Brasil
Assunto(s):Política externa  Política externa do Brasil  Burguesia  Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)  Governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010)  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:burguesia brasileira | Fhc | Lula | Política Externa | Politica Externa Brasileira

Resumo

Este trabalho investigou a relação existente entre a política externa e o bloco no poder nos governos FHC e Lula. Buscou-se identificar quais os interesses de classe que determinaram a posição política do Estado brasileiro no cenário internacional durante esses governos. A nossa hipótese é que a mudança na orientação da política externa esteve ligada à nova configuração do bloco no poder, particularmente, a ascensão política da grande burguesia interna. Essa fração de classe reúne, no seu núcleo, as empresas de capital predominantemente nacional, algumas estatais e, perifericamente, algumas multinacionais aqui instaladas. Consideramos que durante os governos FHC, para atender prioritariamente aos anseios do capital financeiro nacional e internacional, o Estado brasileiro se subordinou de maneira passiva ao imperialismo, o que indica que a fração que detinha a hegemonia no interior do bloco no poder se comportou como burguesia compradora, isto é, como correia de transmissão dos interesses imperalistas no interior da formação social nacional. Mas, ao longo dos anos, sobretudo em função das negociações da Alca, a grande burguesia interna se aglutinou e passou a exigir uma maior margem de manobra do Estado, principalmente em relação à abertura comercial unilateral que vinha sendo adotada. Por isso, durante os governos Lula, o Estado brasileiro se aproximou dos Estados dependentes, priorizando as relações sul-sul, e tomou posições políticas que geraram conflitos pontuais com o imperialismo. O resultado direto da política externa foi o atendimento de interesses econômicos da grande burguesia interna, que se traduziram em: proteção ao mercado interno, aumento das exportações e impulso à internacionalização das empresas brasileiras. Concluímos que a posição política do Estado brasileiro transitou de subordinação passiva para subordinação conflitiva. (AU)

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