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Papéis sobre a moeda: arbitrismo e circulação dos saberes econômicos em Portugal no século XVII

Processo: 21/14583-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de maio de 2022 - 30 de abril de 2024
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
Pesquisador responsável:Pedro Luis Puntoni
Beneficiário:Pedro Luis Puntoni
Instituição Sede: Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Portugal  História do pensamento econômico  História monetária  Arbitrismo  Século XVII 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:arbitrismo | História do Pensamento Econômico | História Monetária | pensamento monetário | Portugal | história monetária; história do pensamento econômico

Resumo

No século XVII, o fenômeno monetário era central para o entendimento da economia. De um lado, na dimensão doutrinal e teórica, era parte essencial dos questionamentos da nascente economia política. Notadamente, no Mundo Ibérico, onde os fluxos de metais americanos exigiam uma posição sobre seu impacto nas atividades mercantis e produtivas, e na sua articulação com o comércio ultramarino e a gestão das economias coloniais. Por outro lado, deve-se entender a dimensão prática do fenômeno monetário, resultante das ações sobre a moeda e as tentativas de manipulação do seu valor, que orientavam os projetos políticos e os processos de interferência neste mesmo mundo econômico. Este Projeto busca investigar as doutrinas e ideias sobre o fenômeno monetário, em formação no século XVII, que percorrem os espaços intelectuais do Antigo Regime peninsular e ultramarino, com especial enfoque no Império Português. Com a Restauração, em 1640, a monarquia portuguesa procurou consolidar um sistema monetário enfraquecido e dar ao regime monetário condições de estabilidade. Uma política monetária se desenha, com maior vigor, na década de 1680, com o novo regimento da Casa de Moeda (1686) e as últimas mutações monetárias (1688). Esta política está também orientada para as colônias e possessões portuguesas no ultramar, resultando em um regime para a moeda múltiplo, espacializado e flexível para atender as dinâmicas esperadas do sistema colonial. Em uma primeira fase desta pesquisa, já concluída, procuramos compreender a formação de um sistema monetário autônomo e estável em Portugal e no seu império, às vésperas da emergência do ouro do sertão do Brasil. Investigamos os impactos das transformações do sistema monetário português no Brasil, em Angola e no Estado da Índia. Uma dimensão da pesquisa, que pretendemos desenvolver com este projeto, quer entender como o pensamento monetário em Portugal se desenvolve, impactado pelas ideias salamantinas, inglesas e francesas, que informam e orientam os agentes da monarquia, envolvidos com as práticas de desvalorização das moedas de prata e ouro, da expansão do uso do cobre e de moedas fiduciárias, na segunda metade do século XVII. (AU)

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