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Comportamento distinto de espécies de estafilococos associados a bovinos em sua capacidade de resistir à fagocitose e desencadear atividade de explosão respiratória por leucócitos polimorfonucleares do sangue e do leite em vacas leiteiras

Processo: 21/14082-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Vigência: 01 de fevereiro de 2022 - 31 de julho de 2022
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Clínica e Cirurgia Animal
Pesquisador responsável:Alice Maria Melville Paiva Della Libera
Beneficiário:Alice Maria Melville Paiva Della Libera
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Staphylococcus aureus  Clínica de ruminantes 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:mastitis | neutrophil | nonaureus staphylococci | Staphylococcus aureus | Clínica de Ruminantes

Resumo

A mastite afeta uma grande proporção de vacas leiteiras e ainda é um dos maiores desafios enfrentados pela indústria de laticínios. As bactérias estafilocócicas continuam sendo a causa mais importante de mastite em todo o mundo. Com essa preocupação, investigamos como espécies distintas de estafilococos evitam alguns mecanismos críticos de defesa do hospedeiro, que podem ditar o estabelecimento, gravidade e persistência da infecção e o resultado de possíveis intervenções terapêuticas e de prevenção. Assim, o presente estudo investigou as variações entre distintos estafilococos associados a bovinos em sua capacidade de resistir à fagocitose e de desencadear a atividade de explosão respiratória de leucócitos neutrófilos polimorfonucleares (PMNLs) do sangue e do leite (PMNLs) em vacas leiteiras. Para tanto, foram utilizados PMNLs de seis vacas primíparas e seis multíparas leiteiras. Foi incluída uma coleção de 38 estafilococos não aureus (NAS) e 12 Staphylococcus aureus. A fagocitose e a produção de espécies reativas de oxigênio intracelular (ROS) pelos PMNLs do sangue e do leite foram analisadas por citometria de fluxo. A fagocitose, tanto por PMNLs de sangue quanto de leite, não diferiu entre S. aureus e NAS como um grupo, embora diferenças dentro das espécies NAS tenham sido observadas. Staphylococcus chromogenes (uma espécie denominada NAS adaptada ao leite) resistiu melhor à fagocitose por PMNLs sanguíneos do que as chamadas espécies NAS ambientais (isto é, S. fleurettii) e oportunistas (isto é, S. haemolyticus). Por outro lado, S. haemolyticus foi melhor fagocitado por PMNLs sanguíneos do que S. aureus, S. fleurettii e S. chromogenes. Não foi encontrada influência da origem dos isolados dentro das espécies de estafilococos na resistência à fagocitose por PMNLs de sangue e leite. No geral, tanto S. aureus quanto NAS não inibiram a produção de ROS intracelular no sangue e nos PMNLs do leite. Os estafilococos não aureus induziram menos ROS por PMNLs de leite do que S. aureus, o que não era verdade para PMNLs sanguíneos, embora diferenças específicas da espécie na intensidade da produção de ROS tenham sido observadas. Staphylococcus chromogenes induziu mais PMNL ROS no sangue do que S. fleurettii e S. haemolyticus, e tanto quanto S. aureus. Por outro lado, S. chromogenes induziu menos PMNL ROS do leite do que S. aureus. A origem dos isolados dentro das espécies de estafilococos não impactou a produção de ROS por PMNLs de sangue e leite. Em conclusão, nosso estudo mostrou diferenças nas espécies de estafilococos na evasão da fagocitose e no desencadeamento da produção de ROS, o que pode explicar a capacidade de algumas espécies de estafilococos (ou seja, S. aureus e S. chromogens) de causar infecção persistente e induzir inflamação. (AU)

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