Auxílio à pesquisa 98/14505-5 - Enteropatias, Diarreia infantil - BV FAPESP
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Epidemiologia da diarréia aguda e persistente no Brasil com especial relevância para agentes enteropatogênicos emergentes

Resumo

Cerca de 1/3 das consultas de emergência em crianças menores de 2 anos, nos hospitais da rede pública de saúde, deve-se a casos de diarréia aguda, dos quais aproximadamente 30% evoluem para diarréia persistente. No nosso meio inúmeros estudos isolados tem sido realizados para se determinar a etiologia da diarréia, porém, na maioria das vezes, a metodologia empregada, assim como a própria seleção dos pacientes, não obedece critérios homogêneos, o que dificulta a análise dos resultados obtidos. Assim sendo, a elaboração de um projeto multicêntrico nacional, envolvendo diversas cidades e pesquisadores formados em um mesmo centro, para que se possa traçar um perfil epidemiológico da diarréia aguda e persistente, com o emprego de metodologia uniforme e a utilização de técnicas microbiológicas de investigação de agentes enteropatogênicos de alta qualidade, poderia trazer informações extremamente precisas e de grande repercussão técnico-científica. Neste aspecto, deve-se também enfatizar a necessidade de se acrescentar técnicas novas de identificação dos agentes enteropatogênicos bem como a detecção de novos microrganismos causadores de enteroinfecções. Até o presente momento, a quase totalidade dos laboratórios de microbiologia utiliza metodologia demorada e complexa para o diagnóstico dos agentes infecciosos envolvidos na gênese da diarréia, principalmente quando se pretende analisá-los quanto à presença de fatores de virulência específicos. Por exemplo, introdução de métodos diagnósticos moleculares, como a reação da polimerase em cadeia (PCR), torna-se uma possibilidade altamente promissora para que se obtenham resultados diagnósticos com maior rapidez e confiabilidade, o que viria a ser altamente desejável na prática diária. Por outro lado, há evidências de que soro grupos de EPEO são capazes de produzir um fator de inibição de linfócitos, a qual viria a desempenhar importante papel como risco de perpetuação da diarréia, e com ela todos os seus efeitos nefastos associados. O conhecimento mais detalhado deste possível fator poderá proporcionar meios de combater a persistência da diarréia. (AU)

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