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Características genéticas, morfológicas, comportamentais e ecológicas suportam a existência de três espécies brasileiras do complexo de espécies crípticas Anastrepha fraterculus.

Processo: 22/04630-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Vigência: 01 de junho de 2022 - 30 de novembro de 2022
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Biologia Geral
Pesquisador responsável:Denise Selivon Scheepmaker
Beneficiário:Denise Selivon Scheepmaker
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Tephritidae 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:allopatry | competitive exclusion | secondary contact zone | South America fruit fly | sympatry | Tephritidae | análise integrada

Resumo

Dentro do gênero Neotropical Anastrepha, a espécie nominal Anastrepha fraterculus é amplamente distribuída desde o México até o norte da Argentina. Atualmente acredita-se que inclua um complexo de pelo menos oito espécies crípticas - conhecido como complexo Anastrepha fraterculus (complexo AF) - três das quais ocorrem no Brasil: A. sp1 aff. fraterculus, A. sp.2 aff. fraterculus e A. sp.3 aff. fraterculus. Neste estudo, apresentamos os resultados de uma ampla análise integrada de múltiplos atributos biológicos em amostras das três espécies coletadas em áreas simpátricas. Análises dos cromossomos mitóticos confirmam que todos eles diferem em cromossomos sexuais, e que a frequência relativa dos distintos cariótipos está associada à variação de altitude. Nessas áreas simpátricas, um único cariótipo híbrido feminino foi detectado em uma amostra significativa de indivíduos. Amostras populacionais foram analisadas para o espaçador transcrito ribossomal ITS1, confirmando que as três espécies possuem tipos de sequência específicos. Observações do comportamento reprodutivo em condições de laboratório revelaram que A. sp.1 e A. sp.2 acasalam no início da manhã, enquanto A. sp.3 acasala no meio do dia. Uma distribuição bimodal do tempo de acasalamento foi observada em laboratório para híbridos, obtidos entre A. sp.1 e A. sp.3. Em um experimento de escolha de acasalamento, a maioria dos pares de acasalamento eram homoespecíficos. Além disso, por meio de uma lista dos hospedeiros mais frequentes associados à ocorrência geográfica, foi gerado um modelo bioclimático de sua distribuição potencial. O conjunto de dados permitiu a construção de hipóteses explicativas sobre o padrão geográfico observado e o uso diferenciado dos frutos hospedeiros. As análises morfométricas das asas demonstraram claramente diferenças entre as três espécies, tanto para machos quanto para fêmeas. Com base em uma imagem da asa do espécime tipo A. fraterculus (Wiedemann 1830), a análise morfométrica indicou que o espécime corresponderia a um macho de A. sp.2 aff. fraterculus. As informações fornecidas por este relatório não são apenas úteis para fins taxonômicos, mas também revelam aspectos a serem considerados em qualquer reconstrução de um cenário evolutivo do complexo Anastrepha fraterculus. (AU)

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