Avaliação eletrofisiológica do jitter e da velocidade de condução das fibras musculares in situ após COVID-19

• Processo: 22/02291-1
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2022
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2024
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: João Aris Kouyoumdjian
• Beneficiário: João Aris Kouyoumdjian
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). Secretaria de Desenvolvimento Econômico (São Paulo - Estado). São José do Rio Preto , SP, Brasil
• Assunto(s): Neurologia Neurofisiologia Infecções por Coronavirus COVID-19 Efeitos a longo prazo do COVID-19 Fadiga Fibras musculares Junção neuromuscular Eletromiografia de fibra única
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Covid-19 | Eletrodo concêntrico | Eletromiografia de fibra única | fadiga | jitter | Velocidade de condução das fibras musculares | Neurologia, Neuromuscular, Neurofisiologia Clínica

Resumo

Proporção considerável de pacientes apresenta sintomas residuais por mais de seis meses após infecção aguda por COVID-19, mesmo em casos não complicados. Este conjunto sintomático multi-sistêmico e não uniforme, é chamado provisoriamente de "síndrome pós-COVID-19", e de acordo com estudos de meta-análise, anormalidades na função pulmonar (21%), disfunção olfativa e anormalidades neurológicas (24%) e sintomas generalizados, principalmente dor e fadiga crônica (63%) são os sintomas mais prevalentes. O objetivo da eletromiografia de fibra única é medir jitter, definido como variação de tempo, em microssegundos, do registro dos potenciais de ação de fibras musculares isoladas em descargas consecutivas após ativação axonal. O jitter aumenta nos distúrbios da junção neuromuscular de qualquer natureza, desde que o fator de segurança da transmissão neuromuscular esteja reduzido. A velocidade de propagação dos potenciais de ação das fibras musculares pode ser medida in situ, refletindo a excitabilidade da membrana muscular e o diâmetro da fibra muscular. O presente estudo tem como objetivo medir o jitter e a velocidade de propagação dos potenciais de ação da fibra muscular em pacientes que tiveram COVID-19 sem necessidade de suporte ventilatório na fase aguda. O intervalo mínimo de tempo após o COVID-19 agudo será de seis meses. Os mesmos valores serão também avaliados em grupo controle de indivíduos aparentemente saudáveis que não tiveram COVID-19. A avaliação funcional da junção neuromuscular in vivo e a medição da velocidade de propagação dos potenciais de ação das fibras musculares isoladas in situ ajudarão a entender o papel da junção neuromuscular e das fibras musculares para a fisiopatogenia da fadiga residual crônica pós-COVID-19. (AU)

Publicações científicas

(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)

KOUYOUMDJIAN, JOAO ARIS; GRACA, CARLA RENATA. Concentric needle jitter: Reference values in stimulated Tibialis Anterior muscle. FRONTIERS IN NEUROLOGY, v. 13, p. 7-pg., 2022-07-22. (22/02291-1)

KOUYOUMDJIAN, JOAO ARIS; GRACA, CARLA RENATA. Muscle fiber conduction velocity in situ revisited: A new approach to an ancient technique. FRONTIERS IN NEUROLOGY, v. 14, p. 10-pg., 2023-02-23. (22/02291-1)

JOÃO ARIS KOUYOUMDJIAN; EDUARDO DE PAULA ESTEPHAN. Avaliação eletrofisiológica da junção neuromuscular: breve revisão. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v. 81, n. 12, p. 1040-1052, 2024-01-15. (17/13262-4, 22/02291-1, 08/10082-6)