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Melhorias no transporte público entre os subúrbios e o centro das grandes aglomerações urbanas - TRAMA

Resumo

As doenças relacionadas à qualidade do ar representam uma crise de saúde global e seus efeitos podem estar associados a fatores ambientais e socioeconômicos. As emissões atmosféricas relacionadas ao tráfego são um sério problema ambiental que afeta as mudanças climáticas e a qualidade do ar nas megacidades. Em São Paulo, Brasil, a mortalidade relacionada à qualidade do ar tem crescido nos últimos quarenta anos, assim como em outras megacidades e cerca de 88% da poluição do ar vem de veículos. São Paulo é uma das maiores cidades do mundo com mais de 12 milhões de habitantes, uma frota de cerca de 8 milhões de veículos e alta concentração de poluentes. Como em muitas outras cidades do mundo, as desigualdades sociais são evidentes na cidade e há necessidade de promover infraestruturas de transporte de massa. Este projeto estudará a relação entre a mortalidade em São Paulo por doenças cardiorrespiratórias e sua relação com a densidade demográfica, com a renda familiar, com o uso do transporte público e com a poluição atmosférica no longo prazo (1980-2020). Serão analisadas as relações entre os passageiros-quilômetro, os tempos de deslocamento e as doenças aumentam com a distância residencial do centro da cidade e, portanto, com a diminuição da densidade residencial. Pesquisas mostram que as concentrações de material particulado fino (MP2.5) estão positivamente correlacionadas com doenças relacionadas à qualidade do ar. Espera-se que regiões periféricas com altas densidades urbanas tenham maiores taxas de mortalidade e viagens frequentes de longa distância que podem contribuir para o desenvolvimento das doenças. Este projeto visa desenvolver um modelo econométrico para atividades veiculares e parâmetros socioeconômicos e demonstrar sua aplicabilidade a aglomerações urbanas. Este modelo também permitirá identificar "hot spots" de poluição do ar com uma resolução espacial e temporal fina. Esta proposta pretende encontrar relações não lineares entre dados de mobilidade no transporte, parâmetros sociodemográficos e doenças cardiovasculares e respiratórias. São esperados grandes desvios em estudos regionais que dependem do aumento da poluição como um estimador linear do crescimento da doença com base nas relações de resposta à dose. Este trabalho fornecerá uma base para o estabelecimento de políticas sólidas de mudança climática em outras áreas, como saúde pública e planejamento urbano. (AU)

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