Auxílio à pesquisa 22/05405-8 - Cardiologia, Transplante de coração - BV FAPESP
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Tratamento da doença vascular do enxerto com o quimioterápico paclitaxel veiculado a nanopartículas lipídicas: estudo piloto randomizado, duplo cego, de segurança e exequibilidade

Processo: 22/05405-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2022
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2025
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Fernando Bacal
Beneficiário:Fernando Bacal
Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Aleksandra Tiemi Morikawa ; Elaine Rufo Tavares ; Noedir Antônio Groppo Stolf ; Priscila Carvalho Melero da Silva ; Raul Cavalcante Maranhao
Assunto(s):Cardiologia  Transplante de coração  Paclitaxel  Nanopartículas lipídicas  Doenças vasculares  Doenças cardiovasculares 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Doença vascular do enxerto | Nanopartículas lipídicas | Paclitaxel | Transplante Cardiaco | Cardiologia

Resumo

Em estudos anteriores, mostramos que nanopartículas lipídicas (LDE), com estrutura semelhante à da lipoproteína de baixa densidade (LDL) concentram-se nos corações transplantados em coelhos. Quando coelhos com transplante cardíaco foram tratados com o agente quimioterápico paclitaxel associado à LDE, houve uma redução notável do processo inflamatório e com uma redução acentuada da estenose das artérias coronárias e preservação dos vasos. Previamente, havia sido mostrado em pacientes com câncer avançado e em pacientes com ateromas da aorta que a associação de paclitaxel à LDE diminui drasticamente a toxicidade deste fármaco, que passa a ter ótima tolerabilidade e segurança. A Doença Vascular do Enxerto (DVE) é a causa mais importante de fracasso do transplante cardíaco e nenhum tratamento eficaz para a doença está disponível atualmente. Os resultados acima descritos em coelhos com transplante cardíaco e a segurança de LDE-paclitaxel demonstrada em estudos clínicos nos leva a propor o uso LDE-paclitaxel no tratamento de pacientes com transplante cardíaco. Neste estudo piloto duplo-cego e randomizado, visamos avaliar a segurança e viabilidade do tratamento com paclitaxel associado à nanopartículas lipídicas na doença coronária do enxerto em pacientes com transplante cardíaco. Objetivo primário: Avaliar a segurança e exequibilidade do uso da LDE-paclitaxel no tratamento da DVE em pacientes transplantados cardíacos. Objetivos secundários: Avaliar evolutivamente a progressão da DVE através da cineangiocoronariografia, do ultra-som intracoronariano, da angiotomografia computadorizada das artérias coronárias e da biópsia endomiocárdica; avaliar evolutivamente a função ventricular através de ecodopplercardiograma bidimensional em cores, inclusive com Doppler tecidual; avaliar a variação dos níveis séricos dos marcadores inflamatórios como expressão da alteração do componente inflamatório relacionado à doença aterosclerótica. Desfecho primário: 10% de redução de placa com IC de 5%; desfechos secundários: rejeição e taxa de infecção. Vinte pacientes com mais de um ano após transplante cardíaco, com doença arterial coronária confirmada por cineangiocoronariografia, serão alocados em dois grupos: tratados com LDE-paclitaxel e grupo-placebo, tratados com solução da LDE sem o paclitaxel. Os pacientes serão tratados a cada 3 semanas durante 18 semanas (total de 6 ciclos tri-semanais) com paclitaxel associado à LDE na dose de 175 mg/m2 de superfície corpórea. Após a randomização, os pacientes serão submetidos a ultra-som intravascular ou tomografia de coerência ótica das artérias coronárias. Os exames de imagem serão repetidos 1 mês após a última dose e após 1 ano de acompanhamento. Determinações bioquímicas para avaliação de toxicidade serão realizadas antes e após cada 2 infusões de LDE-paclitaxel, durante o tratamento. Marcadores inflamatórios serão determinados antes do tratamento, após 1 mês da última dose e após 1 ano. Biópsia endomiocárdica do ventrículo direito será realizada antes da randomização, após 1 mês do término do tratamento e após 1 ano. Fragmentos serão coletados para analisar a presença de rejeição aguda, a presença de fatores inflamatórios, de macrófagos e de receptores de lipoproteínas por imunohistoquímica e pela quantificação das expressões proteica e gênica desses marcadores. (AU)

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