Auxílio à pesquisa 22/10722-2 - Metaloproteinases, Venenos de serpentes - BV FAPESP
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Estudo da capacidade pró-inflamatória de exsudatos produzidos a partir da ação de metaloproteinases de venenos de serpentes em modelos murinos

Processo: 22/10722-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2025
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Toxicologia
Pesquisador responsável:Luciana Aparecida Freitas de Sousa
Beneficiário:Luciana Aparecida Freitas de Sousa
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Ana Maria Moura da Silva ; Jay William Fox ; Mônica Colombini ; Sarah Natalie Cirilo Gimenes
Bolsa(s) vinculada(s):23/01651-7 - Estudo da capacidade pró-inflamatória de exsudatos produzidos a partir da ação de metaloproteinases de venenos de serpentes em modelos murinos, BP.TT
Assunto(s):Metaloproteinases  Venenos de serpentes  Modelos animais  Mediadores da inflamação  Envenenamento por animais peçonhentos 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:damage-associated molecular patterns | envenenamento ofídico | Mediadores pró-inflamatórios | metaloproteinases de veneno de serpente | Toxinologia

Resumo

No Brasil, a região Norte apresenta a maior incidência de casos de acidentes ofídicos, com 52 casos a cada 100.000 habitantes. Bothrops atrox e a serpente que mais causa acidente ofídicos na região da Amazonia brasileira. A mortalidade desses acidentes e baixa, no entanto a morbidade resultante dos efeitos locais e alta. Os efeitos locais sao resultados principalmente da ac'ao proteolítica das metaloproteinases de veneno de serpente (SVMPs) que são as toxinas majoritárias do veneno de B. atrox. Recentemente, foram isoladas do veneno de B. atrox, duas metaloproteinases da classe P-I (Atroxlysin-Ia) e P-III (Bathroxragin). Ambas são altamente eficientes em hidrolisar proteínas da matriz extracelular (MEC) e, como consequência, induzem rápida hemorragia e dermonecrose. Além disso, já mostramos que essas duas toxinas e os produtos resultantes da hidrólise in vitro de proteínas da MEC apresentam capacidade de induzir resposta inflamatória em modelos murinos. Além disso, também observamos no conteúdo de bolhas após envenamento em humanos a presença de fatores endógenos com ação pró-inflamatória como DAMPs (damage-associated molecular patterns). No entanto, pouco se sabe sobre como estas moléculas produzidas através da atividade proteolítica contribuem para a gravidade e morbidade do quadro local. Mesmo após a soroterapia é observado um agravamento contínuo do quadro local que pode levar a perda de função e amputação, o que sugere que a hidrólise é iniciada logo após a picada e esses produtos secundários da ação do veneno agem sinergicamente com as toxinas para induzir um processo inflamatório intenso no local. Dessa forma, nosso próximo passo é aprofundar o conhecimento sobre os mecanismos envolvidos na ação local de SVMPs presentes no veneno de B. atrox. Para tanto, nós vamos analisar in vitro os mecanismos envolvidos na capacidade pró-inflamatória de exsudatos gerados após a ação direta de Atroxlysin-Ia e Bathroxragin no tecido muscular de modelos murinos. Para isso, inicialmente nós vamos padronizar o modelo experimental para obtenção do exsudato após a injeção dessas duas toxinas isoladas no músculo gastrocnêmio de camundongos. Então iremos identificar por espectrometria de massas a composição do exsudato e finalmente investigar as vias pró-inflamatórias que estão sendo estimuladas/ativadas após o tratamento de células de linhagens musculares e inflamatórias com o exsudato produzido. A avaliação pró-inflamatória será realizada pela identificação, quantificação e análise do perfil da expressão gênica dos mediadores pró-inflamatórios no sobrenadante das culturas de células. Assim, visamos adicionar mais conhecimento sobre o intricado processo de dano local resultante da ação das SVMPs no local da picada após envenenamento botrópico e a partir disso, fundamentar a busca de terapias que auxiliem na redução e melhora dos danos locais. (AU)

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