Auxílio à pesquisa 22/14342-0 - Neurofisiologia, Dor - BV FAPESP
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Ação da proteína quinase dependente de RNA sobre a atividade do receptor TRPV1 nos mecanismos de analgesia mediada por opioides

Resumo

A nossa capacidade de reconhecer calor, frio, o tato e dor é essencial para a interação com o ambiente que nos rodeia. TRPV1 (transient receptor potential cation channel subfamily V member 1) é uma proteína que atua como sensor que responde a temperaturas acima de 43oC e é capaz de ativar neurônios nociceptivos que transmitem a sensação de dor. Os mecanismos de ação de TRPV1 são ainda pouco conhecidos. Os processos de fosforilação e defosforilação por quinases parecem ser processos cruciais para a atuação de TRPV1. Dados recentes mostram que além de transduzir estímulos dolorosos de origem térmica, TRPV1 paradoxalmente interage com receptores opioide. Assim, o efeito antinociceptivo de morfina, um agonista do receptor opioide µ e o analgésico mais potente para o tratamento de dor severa, é modulado pela atividade de TRPV1. Entretanto, o controle farmacológico para a dor crônica é frequentemente insatisfatório e o uso prolongado de opioides como a morfina, frequentemente causa tolerância, dependência física e depressão respiratória. Por isso, há um enorme interesse sobre os mecanismos de funcionamento dos canais iônicos da família TRP. Recentemente, encontramos evidências substanciais de que a inibição da proteína quinase dependente de RNA (PKR) bloqueia, significativamente, o efeito analgésico da morfina em modelos experimentais de dor incisional e de dor por queimadura. Este projeto combinará análises de química computacional com métodos de biologia celular e molecular e paradigmas farmacológicos e comportamentais para explorar as possíveis interações entre PKR e TRPV1 sobre a atividade de opioides em modelos de dor patológica. O efeito da interação entre PKR-TRPV1 sobre os mecanismos de analgesia de opioides representa uma visão completamente nova dos mecanismos de ação desses compostos e deve nos levar à uma melhor compreensão da neurobiologia da dor crônica. Ainda mais importante, os resultados desse projeto devem revelar novos alvos terapêuticos para o desenvolvimento de terapias mais eficazes para as dores severas. (AU)

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