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Entre um passado profundo e um futuro iminente: ação humana e impacto ambiental do colonialismo moderno na Amazônia (séculos XVI a XVIII)

Processo: 22/02896-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Projeto Inicial
Vigência: 01 de agosto de 2023 - 31 de julho de 2028
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Camila Loureiro Dias
Beneficiário:Camila Loureiro Dias
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Eliardo Guimarães da Costa ; Fernanda Aires Bombardi ; Joana Cabral de Oliveira ; Laura Pereira Furquim ; Mariana de Campos Françozo ; Mark Harris ; Neil Franklin Safier ; Rafael Ivan Chambouleyron ; Tiago Luis Gil
Bolsa(s) vinculada(s):24/08417-2 - Divulgação Científica da Pesquisa "Entre um passado profundo e um futuro iminente: ação humana e impacto ambiental do colonialismo moderno na Amazônia (séculos XVI a XVIII)" do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, BP.JC
24/05635-9 - As drogas do sertão: levantamento de ocorrências das espécies vegetais nos relatos de viagens e crônicas coloniais, BP.IC
24/01523-1 - Conhecimentos indígenas das plantas na Amazônia Colonial (séculos XVII e XVIII), BP.DR
Assunto(s):Colonialismo  Período Colonial (1500-1822)  História indígena  Escravidão  Impactos ambientais  Amazônia  Século XVI  História do Século XVIII 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amazônia Colonial | Conhecimento Indígena | estudos amazônicos | História Indígena | Populações e Território | Trabalho e escravidão indígena | História colonial

Resumo

Que impacto socioambiental o colonialismo moderno exerceu sobre a região amazônica? Como a análise desse impacto em uma perspectiva histórica pode contribuir para a reflexão sobre os atuais desafios ambientais e sobre as políticas de mitigação dos efeitos destrutivos das mudanças climáticas? Por um lado, estudos arqueológicos têm demonstrado que a paisagem natural amazônica é em grande medida antrópica. Por outro lado, a antropologia evidencia que as comunidades indígenas e tradicionais são produtoras de biodiversidade e têm papel importante a desempenhar nos projetos de futuro. De um passado longínquo ao nosso presente contemporâneo, os estudos amazônicos têm demonstrado, enfim, a constante contribuição dos povos tradicionais e indígenas, não apenas para a conservação, mas também, para a produção de agrobiodiversidade. Sabemos, contudo, que povos e ambiente amazônico passaram por importantes mudanças decorrentes da exploração econômica e violência colonial. Contribuir para esse diálogo com uma análise histórica do impacto socioambiental do colonialismo moderno sobre a região amazônica é o objetivo deste projeto.O problema será tratado por meio de duas principais estratégias de pesquisa. A primeira consiste em um esforço colaborativo interinstitucional e transdisciplinar, que torne possível sistematizar e associar dados que já vêm sendo coletados em pesquisas em andamento e outros que ainda serão levantados ao longo do projeto e que permita, com isso, a elaboração de sínteses até agora inexistentes. A segunda estratégia consiste no mapeamento e espacialização desses dados, por meio da elaboração de uma plataforma cartográfica que possa dispor, organizar, cruzar, sobrepor e compartilhar conhecimento de natureza histórica, etnohistórica e arqueológica.A pesquisa enfoca o período compreendido entre os séculos XVI e XVIII e será articulada em torno de dois eixos de análise. No primeiro, "Populações e Territórios", serão examinados aspectos demográficos, fluxos populacionais e a territorialização das ações coloniais: existe uma correlação entre a localização dos sítios arqueológicos pré-colombianos e a dos aldeamentos missionários coloniais? Há justaposição entre antigas redes comerciais indígenas e as redes de escravização do período moderno? No segundo eixo, "Conhecimento, Trabalho e Circulação", serão analisados aspectos da organização e práticas do trabalho indígena vinculados ao conhecimento nativo do território, das espécies vegetais e das técnicas de manejo, em contexto colonial, além da circulação dos gêneros da floresta em redes comerciais locais e atlânticas. Espera-se que a disposição cartográfica de dados de natureza diversa resulte em novas possibilidades de investigação e na ampliação do leque de questões sobre os impactos ambientais e sociais da colonização moderna no território amazônico. O avanço na fronteira do conhecimento histórico proporcionado por essas estratégias de análise poderá, por sua vez, contribuir de maneira efetiva para o amplo debate sobre a relação entre ação humana e desafios ambientais contemporâneos. Além da referida plataforma cartográfica, os dados e resultados da pesquisa serão compartilhados por meio de publicações acadêmicas, divulgação científica e elaboração de instrumentos didáticos digitais voltados para o ensino básico. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
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