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Ambientes alimentares saudáveis e obesidade na infância e adolescência: compreendendo e superando os desafios para implementação das políticas públicas mais eficazes

Resumo

O agravamento da situação de crescimento da obesidade está associado às mudanças nos ambientes alimentares, como o aumento na disponibilidade de alimentos ultraprocessados. Como resultado, observa-se um crescimento de doenças crônicas não transmissíveis associadas à má alimentação, particularmente em crianças e adolescentes. Recomendações para tornar os ambientes promotores da saúde são apontadas como prioritárias, incluindo aquelas da Organização Mundial da Saúde para a promoção de ambientes alimentares que favoreçam escolhas mais saudáveis. Considerando os desafios para a implementação de tais medidas, a rede internacional INFORMAS propõe-se monitorar ambientes alimentares e apoiar a geração de evidências para implementação de políticas para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. No Brasil, medidas relativas ao ambiente alimentar foram propostas para o enfrentamento da obesidade, incluindo iniciativas municipais para restrição do acesso a alimentos ultraprocessados por crianças e adolescentes e a aprovação de normas federais, como as novas regras da rotulagem nutricional, incluindo uma rotulagem frontal para alimentos altos em açúcar, sal e gordura e a Estratégia Nacional de prevenção e atenção à Obesidade Infantil (PROTEJA), do Ministério da Saúde. Crianças e adolescentes estão entre os grupos mais vulneráveis e que sofrem as consequências de desenvolver obesidade por um período de tempo maior. Ambientes alimentares do consumidor, como supermercados, ainda apresentam inúmeras barreiras para a promoção da alimentação saudável e precisam ser alvo de políticas públicas. Diante das evidências e recomendações internacionais, propõe-se realizar um estudo multicomponente para aumentar a eficácia, a aceitação e a escalabilidade de intervenções baseadas em evidências, incluindo o PROTEJA, para a promoção de ambientes alimentares mais saudáveis para a prevenção de fatores de risco associados à obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis em crianças e adolescentes. Os objetivos específicos são: 1- Conduzir revisão de literatura sobre políticas eficazes para promoção de ambientes alimentares saudáveis para crianças e adolescentes; 2- Analisar as ações pactuadas pelos municípios no PROTEJA relacionados ao ambiente alimentar; 3- Realizar um mapeamento de atores para identificar as barreiras e facilitadores para implementação das ações relacionadas a ambientes alimentares; 4- Realizar um diagnóstico do ambiente alimentar em municípios que aderiram ao PROTEJA, utilizando ferramentas do INFORMAS; 5-Testar intervenções baseadas em evidência em ambientes alimentares, para informar como o PROTEJA pode ser fortalecido para reduzir fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis; 6- Desenvolver uma estratégia para a adesão, escalabilidade e implementação das ações sobre ambientes alimentares a longo prazo, e contribuir para uma revisão do pacote de intervenções oferecido no PROTEJA; 7- Disseminar e desenvolver atividades de capacitação. Os componentes do projeto são: etapa 1: revisão da literatura; etapa 2: análise crítica das ações pactuadas no PROTEJA sobre ambiente alimentar; etapa 3: mapeamento e análise de stakeholders; etapa 4: diagnóstico de ambientes alimentares de varejo em São Paulo e identificações de easy wins para melhoria da qualidade nutricional desses espaços; etapa 5: desenvolvimento e execução de um pacote de intervenções; etapa 6: disseminação dos resultados para atores estratégicos e potencial expansão da implementação do pacote de intervenções. (AU)

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