Tecnologias sustentáveis para conservação de obras de arte à base de nanomateriais de celulose e lignina

• Processo: 23/01620-4
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Área do conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Química - Físico-química
• Acordo de Cooperação: CNPq
• Pesquisador responsável: Camila Alves de Rezende
• Beneficiário: Camila Alves de Rezende
• Instituição Sede: Instituto de Química (IQ). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 21/12071-6 - Arquitetando coloides via interações supramoleculares: de fundamentos a aplicações, AP.TEM
• Bolsa(s) vinculada(s): 23/10673-4 - Revestimentos anfifílicos de nanocelulose funcionalizada para a proteção de pinturas sensíveis a água, BP.JD
• Assunto(s): Polímeros (química orgânica) Coloides Celulose Lignina Nanocompósitos Nanocristais de celulose Revestimentos Silsesquioxanos Sustentabilidade Conservação Obra de arte
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: celulose | Lignina | nanocompósitos | Nanocristais de celulose | revestimentos | Silsesquioxano | Polímeros e Colóides

Resumo

Este projeto de pesquisa visa obter dispersões não aquosas estáveis à base de nanopartículas de celulose e de lignina que deem origem a revestimentos protetivos sobre substratos celulósicos com camada pictórica à base de tintas solúveis em água. Revestimentos protetivos atóxicos e removíveis são essenciais para prolongar a vida útil de obras de arte, como pinturas e livros, sem pôr em risco a saúde dos profissionais envolvidos no processo. Em trabalhos anteriores deste grupo de pesquisa foram desenvolvidas dispersões aquosas de nanocristais e nanofibras de celulose contendo nanopartículas de lignina, que deram origem a revestimentos removíveis, transparentes, contínuos e resistentes ao envelhecimento hidrotérmico e à radiação UV. Entretanto, o uso desta tecnologia sobre substratos celulósicos com camada pictórica à base de água, como pinturas em aquarela, pode provocar alterações estéticas e morfológicas que conflitam com a preservação do patrimônio intangível associado à obra de arte. Uma alternativa para contornar esta limitação é o desenvolvimento de dispersões não aquosas análogas. O principal desafio desta proposta é garantir a dispersibilidade das nanoceluloses em meio orgânico. Para isto, pretende-se utilizar a técnica de troca de solvente para promover a substituição, total ou parcial, da água por outros solventes atóxicos, como álcool isopropílico ou tetrahidrofurano, sem afetar a estabilidade da dispersão nanocompósita ou a capacidade protetiva do revestimento formado. A modificação superficial das nanoceluloses, por meio de reações de acetilação e/ou silanização, será utilizada como estratégia adicional para garantir a estabilidade das dispersões e, principalmente, a redispersibilidade da nanocelulose em meio não aquoso, que é essencial para a substituição do revestimento durante o restauro das obras de arte. O estudo fundamental e aplicado destas dispersões não aquosas está alinhado aos objetivos do Projeto Temático ao qual está vinculada. (AU)