Cinemática da toracolombar de equinos submetidos a mobilização dinâmica associada a exercícios neuro reflexivos

• Processo: 22/14607-3
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2023
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2024
• Área do conhecimento: Ciências Agrárias - Zootecnia
• Pesquisador responsável: Kátia de Oliveira
• Beneficiário: Kátia de Oliveira
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas. Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Dracena. Dracena , SP, Brasil
• Assunto(s): Treinamento funcional Equinos Cavalos Biomecânica Coluna vertebral
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: biomecânica da coluna | cavalo | segmento axial | treinamento funcional | Treinamento funcional de equinos

Resumo

A mobilização dinâmica é comumente usada nos protocolos de exercícios ao manejo de dor na coluna, por restaurar a amplitude de movimento da flexão, melhorando a função deste segmento em humanos. Entretanto, o exato mecanismo de ação para a melhora na flexão da região toracolombar de equinos é desconhecido, sendo cogitado além da hipertrofia e simetria muscular, também a influência do relaxamento muscular reflexo, no ganho da amplitude de flexão da mesma. Assim, avaliação adicional de estímulos neuro reflexivos associados aos exercícios de mobilização dinâmica, justifica-se para melhor entendimento e possível incremento na flexão da coluna vertebral. Objetivo deste ensaio será estudar os efeitos cinemáticos dos exercícios de mobilização dinâmica associados aos neuro reflexivos, ao longo de 120 dias, em cavalos assintomáticos de equitação fundamental. Serão utilizados doze cavalos sem raça definida, no qual os mesmos serão monitorados antes (dia 0) e ao término do período experimental (dia 120). Os tratamentos consistirão em quatro grupos experimentais, sendo um composto por cavalos não realizando mobilização dinâmica e nenhum exercício neuro reflexivo, denominado como controle (CON), segundo tratamento constituído por cavalos submetidos somente ao programa de mobilização dinâmica (MOB), outro composto por mobilização associada ao exercício reflexivo no esterno (MOB_EST) e último grupo experimental constituído pela associação da mobilização com exercício reflexivo na pelve (MOB_PEL). Assim, os cavalos serão distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, totalizando em três repetições por tratamento. Os exercícios de mobilização dinâmica e os neuro reflexivos serão realizados nos cavalos três vezes por semana, durante quatro meses. Os cavalos experimentais serão submetidos a uma série de exercícios de mobilização dinâmica constituída por três flexões cervicais longitudinais (cabeça no peito, cabeça entre os carpos, cabeça entre os cascos), uma extensão cervical e três flexões cervicais laterais (cabeça na espádua, na patela e no jarrete), lados direito e esquerdo, totalizando dez mobilizações. Os cavalos realizarão também exercícios neuro reflexivos, conforme designação dos tratamentos experimentais, levantamento do esterno (EST) ou flexão da pelve (PEL). Serão avaliadas as variáveis cinemáticas estáticas, por meio de marcadores hemisféricos como, profundidade (cm), ângulo (°), diferença na profundidade e ângulo, para cada nível vertebral analisado (T10, T13, T17, L1 e L3), bem como amplitude de movimento total para profundidade e ângulo, no qual este parâmetro expressará o movimento da toracolombar por inteiro. Marcadores hemisféricos serão aplicados em sete processos espinhosos dorsais. Os marcadores dorsais serão colocados no ponto mais alto da cernelha, T10, T13, T17, L1, L3 indicados por palpação das costelas, no ponto médio entre as tuberosidades sacrais (TS), localizado por palpação das TS, sinalizando o processo espinhoso da primeira vértebra sacral. A tomada das imagens fotográficas dos cavalos, será feita usando um iPad mini (Apple iPad mini model A1432, Apple, Cupertino, CA, USA). As imagens tomadas serão analisadas com o auxílio do software Corel Draw (versão X7). Os dados cinemáticos da coluna dos cavalos serão apresentados como média, tendo como medida de dispersão o desvio padrão (±d.p.). As variáveis serão avaliadas quanto a normalidade de distribuição, usando o teste Kolmogorov-Smirnov. Para os dados com distribuição normal as análises serão conduzidas por meio da ANOVA (SAS, 2000) e a comparação de médias por meio de teste de Tukey. No caso dos dados não serem normalmente distribuídos, o teste de Wilcoxon será usado. Os testes estatísticos usarão probabilidade de 5%. (AU)