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Pré-habilitação baseada no treinamento resistido em mulheres com Câncer de Mama em terapia neoadjuvante: do mecanismo molecular aos benefícios clínicos

Processo: 22/09341-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de maio de 2023 - 30 de abril de 2025
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
Convênio/Acordo: Universidad de la Frontera
Pesquisador responsável:Rui Curi
Beneficiário:Rui Curi
Pesq. responsável no exterior: Gabriel Nasri Marzuca-Nassr
Instituição no exterior: Universidad de La Frontera (UFRO), Chile
Instituição Sede: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Alice Cristina Rodrigues ; Laureane Nunes Masi ; Renata Gorjao ; Sandro Massao Hirabara ; Tania Cristina Pithon Curi
Assunto(s):Fisiologia endócrina  Neoplasias mamárias  Sistema musculoesquelético  Treinamento de resistência 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:breast neoplasm | Prehabilitation | resistance training | skeletal muscle | Fisiologia Endócrina

Resumo

O câncer de mama é a principal causa de mortalidade por câncer entre as mulheres no mundo, sendo o tipo de câncer com maior incidência mundial, fato que também ocorre em países da América Latina em transição econômica como Chile e Brasil. Em relação às opções terapêuticas, dependendo do estágio do câncer, subtipo celular e tamanho do tumor, é decidido o tipo de tratamento específico. Por isso, mulheres com tumores mais agressivos (HER+2 e Triplo negativo) e tumores maiores são candidatas ao tratamento quimioterápico neoadjuvante antes da cirurgia de mama. Os tratamentos antineoplásicos produzem efeitos colaterais, como fadiga relacionada ao câncer, diminuição da capacidade funcional e alterações na composição corporal, que se traduz, principalmente, em atrofia da musculatura esquelética, variável associada a maior mortalidade, cardiotoxicidade e menor qualidade de vida nesses pacientes, mesmo antes a cirurgia. Por isso, é importante a aplicação de estratégias terapêuticas, que incluem os estágios iniciais (pré-cirúrgicos da mama), que aumentem a massa muscular esquelética durante o curso da doença, como por exemplo, a pré-habilitação por meio do treinamento resistido (TR). O TR tem demonstrado efeitos favoráveis no câncer de próstata, porém, seus efeitos moleculares e clínicos em mulheres com câncer de mama submetidas à terapia neoadjuvante são ainda desconhecidos. Dessa forma, o objetivo desse projeto é determinar os efeitos da pré-habilitação baseada no TR comparado aos cuidados habituais, antes e após à cirurgia de mama, na massa muscular esquelética em mulheres com câncer de mama submetidas à quimioterapia neoadjuvante. Para isso, será desenvolvido um ensaio clínico, controlado e randomizado, simples-cego. Sessenta e oito mulheres com câncer de mama em terapia neoadjuvante e com indicação de cirurgia mamária serão divididas em dois grupos: cuidados habituais (Controle, n = 34) versus pré-habilitação com TR, (PREHAB, n = 34). Todos os participantes receberão uma sessão de educação por 20 semanas antes da cirurgia, associada à quimioterapia neoadjuvante, por 16-20 semanas. Apenas os participantes do grupo PREHAB serão submetidos a 16-20 semanas de TR, duas vezes por semana. Na linha de base, na pré-habilitação posterior e 4 semanas após a cirurgia, a área de secção transversal do músculo quadríceps e da musculatura lombar será medida por meio de tomografia computadorizada. Além disso, amostras de sangue em jejum serão obtidas para medir marcadores bioquímicos e moleculares (miRNAs). A força máxima será determinada pelo teste de uma repetição máxima (1RM): leg press, leg extension, lat pull down, chest press, horizontal row e handgrip. Além disso, a funcionalidade física será avaliada com a bateria curta de desempenho físico, a capacidade funcional com o teste de caminhada de 6 minutos, a qualidade de vida com o questionário BR23 e a fadiga relacionada ao câncer com a escala Brief Fatigue Inventory. Por fim, amostras de tecido tumoral e muscular serão obtidas no dia da cirurgia de mama para análises bioquímicas e moleculares. Dessa forma, espera-se que a pré-habilitação baseada no TR resulte em aumento da massa muscular em mulheres com câncer de mama submetidas à quimioterapia neoadjuvante em comparação com participantes que recebem cuidados habituais. Além disso, espera-se que esta intervenção antes da cirurgia em mulheres com câncer de mama submetidas à terapia neoadjuvante gere melhores resultados nos parâmetros clínicos (eventos adversos graves, reinternação hospitalar, infecção, complicações) e qualidade de vida um mês após a alta hospitalar em comparação com os cuidados habituais. Esses resultados permitirão a criação de estratégias nacionais e internacionais dentro da América Latina para combater os efeitos adversos do câncer e seu tratamento antineoplásico, principalmente em mulheres submetidas à quimioterapia neoadjuvante. (AU)

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