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Interações de SARS-CoV-2 com adipócitos e implicações metabólicas

Processo: 23/05773-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2023
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2025
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Morfologia - Citologia e Biologia Celular
Pesquisador responsável:Mariana Kiomy Osako
Beneficiário:Mariana Kiomy Osako
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Virologia  Adipócitos  Tecido adiposo  Gotículas lipídicas  SARS-CoV-2  COVID-19 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:adipócitos | gotícula lipídica | SARS-CoV-2 | Tecido adiposo | Virologia

Resumo

Durante o surto de COVID-19 pelo vírus SARS-CoV-2, foi observada a alta prevalência de síndrome respiratória aguda grave em pacientes com sobrepeso e obesos, que também apresentaram maior taxa de hospitalização, incluindo internação em unidades de terapia intensiva. Vários estudos reportam que o tecido adiposo é reservatório de vários patógenos, incluindo vírus, e publicamos recentemente a presença do vírus (proteína e genoma) em tecido adiposo de pacientes que faleceram com COVID-19. Identificamos que adipócitos do depósito visceral expressam maiores níveis da proteína ACE2, são mais permissivos ao SARS-CoV-2, além de ter maior expressão de citocinas pró-inflamatórias após a infecção comparado aos do depósito subcutâneo. Estudos recentes da literatura indicam que a COVID-19 afeta o metabolismo do tecido adiposo, seja prejudicando a resposta à insulina ou induzindo a ativação do tecido adiposo marrom e diferenciação do adipócito bege. Assim, até o momento, os estudos avaliam o efeito metabólico da COVID-19, mas os efeitos do SARS-CoV-2 no adipócito ainda não foram esclarecidos. Diante deste contexto e da observação de resultados publicados e preliminares do nosso grupo, nossa hipótese é que o adipócito é um sítio de replicação para o SARS-CoV-2 influenciado positivamente pelo volume das gotículas lipídicas. Ainda, a infecção do SARS-CoV-2 facilita a diferenciação do adipócito bege no depósito visceral de tecido adiposo branco, mas reduz esse potencial no depósito subcutâneo. Neste projeto, serão avaliados a suscetibilidade e permissividade de adipócitos à infecção por SARS-CoV2, cinética de replicação e localização subcelular de SARS-CoV-2 em adipócitos. Avaliaremos também a funcionalidade da lipólise e lipofagia em adipócitos infectados; e sua capacidade de alterar o armazenamento de ácido graxo e de diferenciar-se para adipócito bege. Outro aspecto que será investigado é se o quadro de inflamação crônica e de baixo grau encontrado no tecido adiposo de pacientes obesos contribui para o aumento da infectividade e replicação viral nos adipócitos. Assim, avaliaremos se citocinas pró-inflamatórias impactam na replicação do SARS-CoV-2 em pré-adipócitos e adipóctios. Por fim, a persistência do SARS-CoV-2 também será avaliada em adipócitos infectados por 30 dias, assim como a presença do vírus será investigada em amostras de tecido adiposo oriundas de modelo de hamster sob dieta normo ou hipercalórica. Estudos que visem o aprofundamento no conhecimento dessas relações SARS-CoV-2 e tecido adiposo são de grande relevância para compreender a patogênese viral e permitirão manejo clínico mais adequado da doença de pacientes obesos, assim como avaliar possíveis impactos a longo prazo de pacientes que tiveram COVID-19. (AU)

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