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Entendendo o uso do aditivo de alga marrom chilena no microbioma intestinal e perfil do metaboloma de suínos de engorda e suas perspectivas para o futuro

Processo: 22/09557-7
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de maio de 2023 - 30 de abril de 2025
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Zootecnia - Produção Animal
Convênio/Acordo: Universidad de la Frontera
Pesquisador responsável:Lúcio Francelino Araújo
Beneficiário:Lúcio Francelino Araújo
Pesq. responsável no exterior: Nestor Gaston Sepulveda Becker
Instituição no exterior: Universidad de La Frontera (UFRO), Chile
Instituição Sede: Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA). Universidade de São Paulo (USP). Pirassununga , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Carlos Alexandre Granghelli ; Cristiane Soares da Silva Araújo ; John Axel Quiñones Díaz ; Luiz Alberto Colnago ; Nara Regina Brandão Cônsolo ; Rommy Díaz Pérez ; Simone Maria Massami Kitamura Martins
Bolsa(s) vinculada(s):23/15542-5 - Análise metabolômica da farinha de alga, do plasma, da carne e do fígado de suínos alimentados com algas marinhas (D.antarctica)., BP.TT
Assunto(s):Nutrição animal  Alimentação animal  Suínos  Algas  Ácidos graxos voláteis  Eficiência  Metabolômica  Microbioma gastrointestinal  Qualidade da carne 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ácidos graxos voláteis | Cochayuyo meal | desempenho | Metabolomica | Microbioma intestinal | qualidade de carne | Nutrição e Alimentação Animal

Resumo

Os eventos globais atuais têm nos lembrado que o conceito de "saúde única" é mais relevante do que nunca e, é necessária a busca por ingredientes mais seguros e naturais para a alimentação animal. As algas marinhas têm sido indicadas como um dos superalimentos do futuro, pois possuem inúmeros compostos funcionais que podem cuidar da saúde das pessoas, mas também podem contribuir nutricionalmente para a dieta dos animais. No hemisfério sul, há cochayuyo (Durvillaea antarctica), macroalgas marrons caracterizadas recentemente e que contêm numerosos compostos bioativos. Previamente, o grupo de pesquisa do Chile avaliou o efeito do cochayuyo na alimentação da truta arco-íris e não foram observadas diferenças na saúde ou no crescimento dos peixes. No entanto, seu uso como ingrediente na alimentação de animais terrestres tem sido pouco estudado. A demanda por proteína animal continua crescendo exponencialmente e uma das mais demandadas mundialmente é a carne suína e em 30 anos seu consumo será significativamente maior em relação aos últimos anos. O microbioma intestinal ou análise massiva e sistemática dos microrganismos que habitam o trato digestivo dos seres vivos e a interação destes com seu hospedeiro e o meio ambiente é uma ferramenta fundamental para entender como novas dietas são transformadas por microrganismos e como esses nutrientes são transferidos para o hospedeiro. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar o efeito da inclusão dietética de cochayuyo sobre o microbioma, o metaboloma e sua relação com parâmetros produtivos e nutricionais e a qualidade da carne suína. Para tanto, nesta proposta serão coletados exemplares de D. antarctica nas comunidades costeiras da Região da Araucanía. Os micro e macro nutrientes dessas matérias-primas serão caracterizados por meio de análise de composição proximal e espectrometria, cromatografia líquida e cromatografia gasosa. Os dados permitirão a elaboração de dietas experimentais para suínos. Posteriormente, será realizado um ensaio de alimentação (54 dias), no qual um total de 72 suínos mestiços comerciais com 100 dias e pesando ~50 kg serão distribuídos em 1 de 3 grupos com base no peso corporal (6 repetições com 4 porcos cada). As dietas experimentais serão à base de milho/triticale/tremoço, de acordo com as recomendações do NCR. A digesta será coletada do ceco e do cólon proximal, e então armazenada em nitrogênio líquido para posterior análise do microbioma e metabolismo. A conversão alimentar, o peso, consumo médio diário de ração, ganho médio diário de peso serão determinados para cada grupo. Em seguida, serão avaliados o rendimento e as características de carcaça, a partir das quais serão obtidas amostras de carne para análise do valor nutricional e das características de qualidade. O efeito das dietas sobre o microbioma intestinal será analisado por sequenciamento massivo de próxima geração de uma região do gene procariótico 16S rRNA e do gene eucariótico 18S rRNA, onde as principais populações de microrganismos e sua relação com os principais parâmetros produtivos serão identificadas. Além disso, o perfil metabolômico será desenvolvido por meio de ressonância magnética nuclear de prótons unidimensional, que permitirá conhecer os metabólitos encontrados na ração, sangue, fígado e carne do suíno e a interação com as demais variáveis citadas. Espera-se que a partir de uma alga marrom nativa do Chile (D. antarctica) seja produzido um concentrado que, incorporado à dieta de suínos de engorda, tenha a capacidade de preservar o valor nutricional, alterar o microbioma intestinal, o perfil de metabólitos, produzir ácidos graxos voláteis e melhorar as características e qualidade da carne suína com efeitos positivos para os consumidores. Além disso, as descobertas podem permitir que os pesquisadores respondam às preocupações e expectativas de agricultores e consumidores, melhorando o desempenho animal associado à produção de carne mais segura e saudável para consumo humano. (AU)

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