Auxílio à pesquisa 23/13673-5 - Oncologia, Neoplasias - BV FAPESP
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EMU concedido no processo 2021/10265-8: sistema de análise nCounter® Pro

Resumo

O câncer é um importante problema de saúde pública em todo o mundo e está entre as principais causas de morte. Identificar novos agentes para o diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer é altamente desejável. Por muitos séculos, os metais foram usados empiricamente para tratar várias doenças. Hoje em dia, os metais e seus compostos - estáveis ou radioativos - são racionalmente aplicados tanto no diagnóstico quanto no tratamento de neoplasias.Um novo tipo de abordagem do câncer vem ganhando destaque mundial, a abordagem teranóstica, termo derivado de "terapia" e "diagnóstico". O conceito geral de teranóstico envolve a identificação de uma molécula ativa relacionada a um alvo tratável e, subsequentemente, a radiomarcação da molécula para diagnóstico (emissores de raios gama ou de pósitrons) e fins terapêuticos (alfa ou beta-emissores).Reunindo pesquisadores de uma ampla gama de áreas de especialização, incluindo Oncologia Clínica, Onco-Hematologia, Química, Medicina Nuclear, Farmácia, Estatística, Biologia e Física, o esforço visa a produzir um Centro de Inovação Teranóstica do Câncer (CancerThera). O objetivo do CancerThera é desenvolver um centro de pesquisa internacionalmente competitivo com recursos humanos qualificados para a criação e manipulação de produtos farmacêuticos e radiofármacos ((rádio)fármacos) para o diagnóstico e tratamento do câncer em uma abordagem teranóstica. O CancerThera será dividido em duas equipes interligadas - Pesquisa Básica e Pesquisa Clínica - que desenvolverão projetos convergentes.CancerThera Pesquisa Básica: Moléculas bioativas servirão para sintetizar novos Metallo (radio) fármacos com potencial ação no diagnóstico e bloqueio de replicações de células tumorais. Os compostos e quelantes serão conjugados com vários peptídeos relacionados ao microambiente tumoral. Os compostos serão radiomarcados com o par gálio-68 e lutécio-177, que, respectivamente, permitem o diagnóstico e tratamento de neoplasias, além de outros radioisótopos. A biodistribuição e/ou ação antitumoral dos compostos será avaliada em diversos estudos pré-clínicos. As investigações incluirão análise de contador gama, imagem de micro-PET/SPECT/CT, atividade antiproliferativa e ensaios de morte celular em linhagens de células tumorais e avaliação convencional. Além disso, os ensaios de expressão de inflamação / gene de toxicidade e eficácia serão realizados em modelos de tumor animal.CancerThera Pesquisa Clínica: Possíveis novos usos para moléculas já conhecidas serão estudados. A radiofarmácia existente na instituição anfitriã será posteriormente melhorada e desenvolvida pelo projeto da Agência Internacional de Energia Atômica em vigor. A infraestrutura de radiofarmácia atual marcará vários radioisótopos diagnósticos baseados em oncologia para possíveis tratamentos de câncer. As investigações serão conduzidas em vários tipos de câncer (como mieloma múltiplo, linfomas indolentes, câncer colorretal e gástrico, glioblastoma multiforme, carcinoma espinocelular cutâneo de cabeça e pescoço, doenças mieloproliferativas crônicas Ph1-negativas, etc). Será realizada análise genética das lesões radioativas-ávidas.A interação contínua entre as equipes de Pesquisa Básica e Clínica do CancerThera ocorrerá em um modelo inédito no país nessa área. Assim, os radiofármacos produzidos com sucesso na Pesquisa Básica serão utilizados na fase 1 e, eventualmente, na fase 2 de estudos clínicos. Da mesma forma, novas aplicações de medicamentos conhecidos terão sua radiomarcação monitorada pelos pesquisadores da Pesquisa Básica.Para garantir a apropriação dos resultados do CancerThera pela sociedade, diversos atores de diversas instituições serão interligados entre pesquisadores, acadêmicos, organismos de pesquisa, agências de fomento nacionais e internacionais, microempresas e grandes empresas, governos (estaduais e municipais), imprensa e, em última instância, a sociedade brasileira. (AU)

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