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Processo: | 23/00526-4 |
Modalidade de apoio: | Auxílio à Pesquisa - Regular |
Data de Início da vigência: | 01 de dezembro de 2023 |
Data de Término da vigência: | 30 de novembro de 2024 |
Área do conhecimento: | Ciências Humanas - Educação - Fundamentos da Educação |
Pesquisador responsável: | Douglas Emiliano Batista |
Beneficiário: | Douglas Emiliano Batista |
Instituição Sede: | Faculdade de Educação (FE). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil |
Assunto(s): | Desinformação Psicanálise e educação |
Palavra(s)-Chave do Pesquisador: | Desinformação | dispositivo escolar contemporâneo | Psicanálise e Educação | sujeito do inconsciente | transmissão escolar | Psicanálise e Educação |
Resumo
Se o dispositivo escolar moderno sustentou por quatro séculos uma dialetização sem síntese entre Tradição e Razão - e o que lhe permitiu, em termos arendtianos, proteger o(s) velho(s) contra o(s) novo(s) e vice-versa -, já a educação progressiva deu azo, desde o início do século XX, à polarização entre o(s) velho(s) e o(s) novo(s), uma vez que o centramento da escola nos alunos implicou a marginalização dos docentes (isto é, daqueles que são representantes das tradições escolares) bem como a exaltação dos discentes (ou seja, dos que são novos em um mundo velho). Com isso, a transmissão simbólica e escolar de tradições epistêmicas, éticas e estéticas pelos professores, a qual é subjetivante no que toca também aos alunos, deu lugar ao suposto desenvolvimento das ditas faculdades psicológicas individuais dos discentes. Tal desenvolvimento, por sua vez, ocorreria a partir da atividade e protagonismo do próprio aprendiz, uma vez que a transmissão por parte do Outro docente e, portanto, a alteridade simbólica do professor em face dos alunos, passaram a ser concebidas como opressivas (ao contrário de emancipatórias, posto que constitutivas do sujeito). Além disso, as revoluções audiovisuais e tecnológicas a partir dos anos 60 centraram a escola na iniciativa privada e auto-referida do aluno de opinar ferozmente a respeito de tudo, fato que não apenas acirrou a desautorização docente como agravou o curto-circuito na transmissão cultural e simbólica. Diante disso, cabe indagar em um plano teórico e bibliográfico - a partir da Psicanálise e Educação e através de conceitos como sujeito do inconsciente e transmissão simbólica - se tal ensimesmamento opiniático dos alunos na escola teria contribuído para a "formação" de adultos auto-referidos, narcísicos (refratários ao Outro) e anticulturalistas, e os quais, tomando-se por críticos contestadores, operam como propagadores de desinformação, de pós-verdades e de negacionismos, propagação a qual tem colocado em xeque a interlocução e a alteridade inerentes à vida em comum na esfera pública. (AU)
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