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Ajustando a vigilância ativa de aves migratórias silvestres no estado de São Paulo

Processo: 22/08528-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisa em Políticas Públicas
Vigência: 01 de fevereiro de 2024 - 31 de janeiro de 2026
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Medicina Veterinária Preventiva
Pesquisador responsável:Helena Lage Ferreira
Beneficiário:Helena Lage Ferreira
Instituição Sede: Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA). Universidade de São Paulo (USP). Pirassununga , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Edison Luiz Durigon ; Erika Hingst-Zaher ; Paula Rahal
Assunto(s):Biodiversidade  Virologia  Vírus  Influenza  Aves silvestres  Migração 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aves | Biodiversidade | Influenza | migração | Virus | Virologia

Resumo

O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo e ocupa a posição de segundo maior produtor mundial, com uma produção de 14,5 milhões de toneladas em 2022, atrás apenas dos Estados Unidos. O vírus de influenza (AIV) apresenta uma variabilidade em sua patogenicidade de acordo com seus subtipos (H5 e H7). A identificação destes subtipos nos plantéis avícolas comerciais pode acarretar na imposição de barreiras sanitárias pelos países importadores, além de ameaça a saúde humana. Estes vírus apresentam as aves aquáticas silvestres como reservatórios naturais, e o movimento das aves migratórias silvestres em rotas intercontinentais para a reprodução acaba causando a dispersão entre diferentes regiões geográficas. O vírus de influenza aviária do subtipo H5N1 de alta patogenicidade foi introduzido no final de 2022 na América do Sul com a migração das aves silvestres e em maio de 2023 foram confirmados os primeiros focos deste vírus em aves silvestres no território brasileiro. Como ação, o Ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA) assinou no final de maio uma portaria estabelecendo o estado de emergência zoossanitária no Brasil durante 180 dias por causa da identificação dos casos de influenza em aves silvestres com o objetivo de mitigar os prejuízos à avicultura industrial brasileira. Desde então, o vírus foi identificado em aves de subsistência e silvestres em sete estados brasileiros, incluindo o estado de São Paulo. No estado de São Paulo, o Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA) da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agropecuária e Abastecimento de São Paulo (SAA/SP) é responsável pela vigilância ativa do vírus em aves comerciais e precisa identificar os principais municípios para a realização da vigilância ativa de aves não comerciais, além de realizar a vigilância de aves silvestres. A CDA tem realizado as atividades de monitoramento em colaboração com a Universidade de São Paulo, USP, pelas unidades ICB e FZEA em Ilha Comprida/SP desde 2015. Devido à mudança de cenário e ao estado de emergência zoossanitária, há necessidade de uma intensificação do monitoramento dos locais de invernada das aves silvestres e de aves de subsistência, especialmente próximos às criações de aves comerciais. Desta forma, o presente estudo propõe de forma colaborativa entre a USP, Unesp, CDA e Instituto Butantan realizar o estudo sobre potenciais áreas de invernada de aves das ordens Anseriformes e Charadriiformes, os principais reservatórios de influenza, além das aves de subsistência e comparar as regiões já mapeadas pelo CDA-SAA das localidades dos criatórios de aves comerciais. Após a identificação das principais áreas para monitoramento, o período de monitoramento será também definido e as amostras de aves silvestres e de subsistência obtidas. As amostras serão processadas utilizando testes moleculares, virológicos e sorológicos para a identificação dos vírus de influenza circulantes. Este estudo permitirá que a CDA aloque seus recursos de forma eficiente, além de contribuir para a identificação precoce e acionamento de medidas sanitárias caso algum vírus seja identificado. O plano de aplicação do projeto consiste na definição dos principais locais a serem monitorados baseado na análise de risco, bem como auxílio para a revisão das ações do PESA. (AU)

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