Auxílio à pesquisa 23/07870-2 - Citrus, Fitopatologia - BV FAPESP
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Análises comparativas de viromas associados a lúpulo e citros no Brasil e na Itália e estudos sobre a patogênese induzida por viroides em lúpulo

Processo: 23/07870-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Agronomia - Fitossanidade
Acordo de Cooperação: Consiglio Nazionale delle Ricerche (CNR)
Pesquisador responsável:Marcelo Eiras
Beneficiário:Marcelo Eiras
Pesquisador Responsável no exterior: Francesco Di Serio
Instituição Parceira no exterior: Consiglio Nazionale delle Ricerche (CNR), Itália
Instituição Sede: Instituto Biológico (IB). Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Secretaria de Agricultura e Abastecimento (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Alexandre Levi Rodrigues Chaves ; Fabio Nascimento da Silva ; Ricardo Harakava ; Valdenice Moreira Novelli
Bolsa(s) vinculada(s):24/07253-6 - Identificação e caracterização de viroides em lúpulo no Brasil, BP.TT
Assunto(s):Citrus  Fitopatologia  Lúpulo  Viroides  Virologia  Vírus de plantas 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Citros | Fitopatologia | lúpulo | viróides | Virologia | Vírus de plantas | Virologia vegtetal

Resumo

O Brasil é, atualmente, o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com uma produção anual de mais de 15 milhões de litros e um faturamento anual de mais de US$ 25 bilhões. No entanto, o Brasil ainda importa quase todo o lúpulo (Humulus lupulus, Cannabaceae) utilizado na produção de cerveja, principalmente dos Estados Unidos e da Alemanha. Na Itália, o lúpulo também é predominantemente importado da Alemanha. No entanto, devido ao aumento das cervejarias artesanais, o interesse pela produção interna é crescente em ambos os países, como confirmado em função da área cultivada com lúpulo no Brasil e na Itália que aumentou significativamente nos últimos anos. Os viroides são o maior problema na produção de lúpulo na União Europeia, inicialmente devido a surtos do hop stunt viroid (HSVd, Hostuviroid, Pospiviroidae) e, mais recentemente, devido a epidemias do citrus bark cracking viroid (CBCVd, Cocadviroid, Pospiviroidae). Além desses viroides, o hop latent viroid (HLVd, Cocadviroid), um patógeno assintomático prevalente em cultivos de lúpulo em todo o mundo, pode levar a reduções nos níveis de alfa ácidos e óleos essenciais em cones de lúpulo, afetando seu valor de mercado. O HLVd foi relatado em alta incidência na maioria dos países onde o lúpulo é cultivado na Europa, Ásia, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia. Com o aumento da área cultivada e consequente aumento da produção, começaram a surgir problemas fitossanitários, principalmente porque o lúpulo é uma cultura nova no Brasil, com a maioria das variedades ainda não totalmente adaptadas às condições climáticas das diversas regiões brasileiras onde o lúpulo é cultivado. Recentemente, o Grupo do Instituto Biológico relatou a primeira ocorrência de HLVd e CBCVd em cultivos comerciais de lúpulo em três estados brasileiros: Minas Gerais, Paraná e São Paulo. A recente detecção desses viroides no Brasil acendeu um alerta para os produtores de lúpulo e demais elos envolvidos na cadeia produtiva dessa cultura. Especificamente em relação ao CBCVd, como esse viroide também é um patógeno dos citros, ainda não relatado no Brasil, existe o risco do patógeno "saltar" do lúpulo para os citros (e vice-versa). O objetivo deste projeto é avançar no conhecimento sobre vírus e viroides que infectam lúpulo e citros no Brasil e na Itália, e sobre a patogênese do CBCVd. Este projeto tem os seguintes objetivos específicos: (i) realizar um levantamento metatrascriptômico de vírus e viroides em lúpulo e citros e em plantas associadas a essas culturas, utilizando ferramentas moleculares modernas, incluindo sequenciamento de próxima geração (em abordagens dependentes de homologia e independentes de homologia, a fim de maximizar a identificação de vírus conhecidos e desconhecidos e RNA semelhantes a viroides); (ii) caracterizar novos vírus e viroides identificados pela pesquisa metatranscriptômica, a fim de determinar os genomas completos e suas características moleculares; (iii) estudar os aspectos biológicos e moleculares envolvidos na patogênese do CBCVd, identificando mRNAs do hospedeiro alvos potenciais de degradação mediada por silenciamento de RNA por sRNAs derivados do CBCVd; e (iv) internacionalizar a pesquisa realizada no Instituto Biológico, com a colaboração do Dr. Francesco Di Serio, CNR, Itália, que lidera um dos principais grupos de pesquisa que estuda vírus e viroides de plantas, com foco na compreensão das interações vírus-hospedeiro, desenvolvendo ferramentas de diagnóstico e no manejo de pragas e doenças, com forte experiência em avaliação de risco. O desenvolvimento deste projeto, além dos avanços no conhecimento da diversidade de vírus e viroides que infectam lúpulo e citros no Brasil e na Itália, traz a possibilidade de agregar novas linhas de pesquisa no grupo liderado pelo Dr. Eiras, e novos projetos colaborativos que poderão incluir, futuramente, a saída de pós-graduandos para desenvolver estudos no CNR, Itália, sob orientação do Dr. Di Serio. (AU)

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