Individuando ecossistemas: uma abordagem interdisciplinar de sua organização funcional distintiva

• Processo: 23/03324-3
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2024
• Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2028
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - Epistemologia
• Acordo de Cooperação: ANR
• Pesquisador responsável: Paulo Inácio de Knegt López de Prado
• Beneficiário: Paulo Inácio de Knegt López de Prado
• Pesquisador Responsável no exterior: Matteo Mossio
• Instituição Parceira no exterior: Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, França
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Aloys Auguste Nahas ; Charbel Nino El-Hani ; Clarissa Machado Pinto Leite ; Flora Souza Bacelar ; Maël Montévil ; Mariana Benítez Keinrad ; Marie Chollat-namy ; Nei de Freitas Nunes Neto ; Philippe Huneman ; Sébastien Ibanez
• Assunto(s): Literatura
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Biological individuation | Ecological functions | Ecosystemic processes | Philosophy of Biology | ANR Axis D.5 - Arts, languages, literatures, philosophies

Resumo

Este projeto interdisciplinar visa elaborar uma uma síntese e arcabouço conceituais para individuar os ecossistemas, combinando abordagens conceituais, teóricas e de modelagem. Os ecossistemas não são tão bem delimitados somo os indivíduos biológicos típicos (ou seja, organismos), mas, ao contrário, seus limites parecem difusos e porosos. Isso é um problema teórico importante em si, mas aplicações como a conservação e o manejo também devem se basear em critérios bem fundamentados para delimitar os ecossistemas e as funções de seus componentes. Sugerimos que a individuação dos ecossistemas é indissociável de sua estabilidade e resiliência. O projeto explora como os ecossistemas, que apresentam regimes de ordem altamente improváveis e distantes do equilíbrio, se mantêm na biosfera controlando o fluxo de matéria e energia. Nossa hipótese de trabalho é dupla: primeiro, as restrições são exercidas por itens de biodiversidade e fatores abióticos, que podem ser entendidos como partes funcionais do sistema; em segundo lugar, as restrições funcionais realizam um regime de dependência mútua, que fornece um critério para traçar os limites do ecossistema como um todo. A organização das restrições é, pois, o princípio teórico que, ao mesmo tempo, dá conta da estabilidade dos ecossistemas, individua-os no espaço e no tempo e identifica seus componentes funcionais. O projeto pretende explorar as implicações conceituais e teóricas deste arcabouço, e sua capacidade de orientar a elaboração de modelos matemáticos e computacionais específicos de organização ecossistêmica e dinâmica eco-evolutiva. A investigação sobre a individuação dos ecossistemas será realizada considerando conjuntamente diferentes níveis de organização biológica. Em particular, o projeto analisará as analogias, dissimilaridades e interações entre ecossistemas e organismos: não apenas os ecossistemas são uma classe diferente de indivíduos quando comparados aos organismos, mas, crucialmente, eles o são porque são compostos por organismos. (AU)