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O povo das águas, fase II: imageamento detalhado por GPR e SVL das estearias e artefatos cerâmicos em sítios arqueológicos subaquáticos no Maranhão, Amazônia Oriental

Processo: 23/16834-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de junho de 2024 - 31 de maio de 2026
Área do conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:Jorge Luís Porsani
Beneficiário:Jorge Luís Porsani
Instituição Sede: Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Alexandre Guida Navarro ; Antonio Carlos de Siqueira Neto ; Carlos Henrique Grohmann de Carvalho ; Larissa Felicidade Werkhauser Demarco ; Leonardo Gonçalves de Lima ; Luiz Antonio Pereira de Souza ; Nathália de Souza Penna ; Rodrigo Corrêa Rangel
Assunto(s):Geofísica aplicada  Arqueologia subaquática  Artefatos (arqueologia)  Cerâmica arqueológica  Sítios arqueológicos  Estearias  Ecobatímetro  Veículos aéreos não tripulados  Maranhão  Amazônia Oriental 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amazônia Oriental | Arqueologia subaquática | Ecobatimetria | Estearias maranhenses | GPR - ground penetrating radar | SVL - Sonar de Varredura Lateral | Geofísica Aplicada a Arqueologia Subaquática

Resumo

Evidências arqueológicas na região amazônica são raras de ser encontradas devido à acidez do solo do grande bioma amazônico. A lixiviação do solo, provocado por chuvas torrenciais, destroem o vestígio arqueológico. No entanto, um tipo de sítio arqueológico incomum na região, formado por sociedades que construíram palafitas no meio de rios e lagos é bastante promissor no sentido de se conhecer como os povos indígenas viviam no período pré-colonial. Isso porque os restos materiais desses povos ficaram submersos no leito dos rios e lagos e a turfa aquática, sem oxigênio, selou esse material como se fosse um sarcófago esperando que algum dia alguém o descobrisse. Assim, os materiais estão relativamente bem preservados. Nossa pesquisa, portanto, vai nesta direção. Os levantamentos pioneiros de Ground Penetrating Radar - GPR (ou em português Radar de Penetração no Solo) desenvolvidos no âmbito do projeto de auxílio FAPESP (Processo no. 2020/15560-5) permitiram a localização das estearias em sítios arqueológicos subaquáticos na baixada maranhense. Os resultados foram bastante promissores e, portanto, serviram de estímulo para a continuidade das pesquisas. O presente projeto de auxílio é uma continuidade dessas pesquisas, sendo que o diferencial está relacionado com o emprego integrado do GPR, Sonar de Varredura Lateral - SVL, Ecobatimetria e imageamento por drone. O objetivo principal deste novo projeto de pesquisa consiste no mapeamento em detalhe de dois sítios arqueológicos subaquáticos: Formoso e Coqueiro, que serão caracterizados por meio do adensamento dos perfis geofísicos GPR, SVL e Ecobatimetria. O GPR vem demonstrando bons resultados na tarefa de orientar os arqueólogos a determinar os melhores locais para realizar escavações ou mergulhos. O SVL tem por característica o mapeamento de detalhe do assoalho de rios e lagos, e poderá identificar padrões com estruturas antrópicas. A Ecobatimetria permitirá mapear a topografia do fundo dos rios e lagos, e irá complementar os resultados de GPR e SVL. O imageamento por drone permitirá obter um mosaico de alta resolução dos sítios onde os perfis geofísicos serão sobrepostos. As pesquisas irão contribuir para localizar os esteios submersos, e principalmente delimitar a extensão e a geometria das construções dessas aldeias palafíticas, o que não foi possível identificar somente com o GPR, além de contribuir para encontrar artefatos arqueológicos, localizar bolsões antrópicos como a presença de canoas, e até mesmo vestígios de sepultamentos como urnas funerárias, sendo este um objetivo mais difícil. Os resultados integrados de GPR, SVL, Ecobatimetria e Drone permitirão orientar os mergulhos e as coletas de materiais arqueológicos, contribuindo com a preservação do patrimônio arqueológico no Estado do Maranhão, região da Amazônia oriental, Nordeste do Brasil. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
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