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Estresse e neuroinflamação: impactos no comportamento de ansiedade e controle respiratório

Processo: 23/07205-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Jovens Pesquisadores
Vigência: 01 de junho de 2024 - 31 de maio de 2029
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
Pesquisador responsável:Luana Tenório Lopes
Beneficiário:Luana Tenório Lopes
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Jaboticabal. Jaboticabal , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Alessandro de Mello Varani ; Alexandra Ivo de Medeiros ; Daniele de Paula Faria ; Davide Ragozzino ; Fernando Jose Zara ; Luciane Helena Gargaglioni Batalhão ; Marie-Eve Tremblay
Bolsa(s) vinculada(s):24/09141-0 - Estresse e neuroinflamação: impactos no comportamento de ansiedade e controle respiratório., BP.JP
Assunto(s):Fenômenos fisiológicos respiratórios  Ansiedade  Neuroinflamação 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ansiedade | estresse neonatal | Neuroinflamação | Psicodélico | vulnerabilidade respiratória | Fisiologia Respiratória

Resumo

Já está bem estabelecido na literatura que a exposição a diferentes formas de estresse na fase neonatal prejudica o desenvolvimento e desregula o funcionamento dos sistemas hipotálamo-hipófise-adrenal e simpático-adrenal-medular. Adicionalmente, um consenso científico vem emergindo mostrando que a origem de muitas doenças manifestadas na fase adulta, são em grande parte resultado de perturbações desenvolvimento do sistema neuroendócrino que ocorrem durante os primeiros anos de vida. Recentemente, demonstramos que neurônios orexinérgicos presentes no hipotálamo dorsomedial de fêmeas previamente submetidas ao estresse de separação neonatal (SMN), encontram-se hiperativados em animais adultos expostos à hipercapnia. Essa resposta não ocorre em animais machos submetidos aos mesmos protocolos. Essa prevalência sexo-específica e quimiossensibilidade aumentada ao CO2 são características observadas em algumas desordens psiquiátricas, entre elas a ansiedade. Curiosamente, pesquisas começam a mostrar que a exposição a diversos tipos de estresse causa disfunção na micróglia, células imunes inatas do sistema nervoso central. Apesar de alguns estudos mostrarem que a magnitude da resposta inflamatória está exacerbada em quadros de ansiedade, pouco se sabe a respeito dos mecanismos que causam a desregulação neuroimune. Assim, se faz necessário investigações mais precisas neste campo, em busca de desvendarmos como mecanismos neuroimunes e neuroendócrinos se relacionam e influenciam a fisiopatologia da ansiedade. Com foco nos núcleos hipotalâmicos, neste projeto, usaremos uma abordagem pré-clínica multifacetada para caracterizar a ligação entre estresse e neuro-inflamação e como essa interação impacta o comportamento e controle da respiração em modelo de ansiedade. Para tal, análises respiratórias, testes comportamentais, EEG/EMG, imuno-histoquímica, microscopia eletrônica, RT-PCR/ELISA, estudos de neuroimagem/PET scan e eletrofisiologia (patch-clamp) serão feitos. Além disso, investigaremos se intervenções quimiogenéticas e terapêuticas (uso de psicodélicos) podem alterar as respostas respiratórias, metabólicas, inflamatórias e comportamentais induzidas pela exposição precoce ao estresse. (AU)

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