Ecoengenharia Marinha como solução para fortalecer a resiliência ecológica urbana no litoral de São Paulo

• Processo: 24/02700-4
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2026
• Área do conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Oceanografia - Oceanografia Biológica
• Proposta de Mobilidade: SPRINT - Projetos de pesquisa - Mobilidade
• Pesquisador responsável: Ronaldo Adriano Christofoletti
• Beneficiário: Ronaldo Adriano Christofoletti
• Pesquisador Responsável no exterior: Mariana Mayer Pinto
• Instituição Parceira no exterior: University of New South Wales (UNSW), Austrália
• Instituição Sede: Instituto do Mar (IMar). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Baixada Santista. Santos , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 19/24416-8 - Caminhos de sustentabilidade do oceano para a transformação de conflitos, AP.R
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: ecoengenharia | Resiliência climática | urbanização costeira | Ciências do Mar

Resumo

A rápida urbanização costeira é uma ameaça significativa à biodiversidade global e aos serviços ecossistêmicos que sustentam serviços essenciais para bilhões de pessoas. Esse processo, impulsionado pela urbanização, resulta na perda de diversidade e alterações nos habitats naturais, levando à homogeneização das comunidades e modificando os ciclos de energia e nutrientes. Esse fenômeno é especialmente observado nos ecossistemas marinhos, onde a urbanização se manifesta por meio da adição de estruturas construídas, como cais, pilares e quebra-mares, conhecidos como infraestrutura cinza. Essas estruturas ocupam uma área significativa da linha de costa, superando a extensão de manguezais e restingas. Esses números devem aumentar nos próximos anos devido ao crescimento populacional costeiro e às demandas associadas por energia, alimentos e proteção de ativos territoriais. No entanto, essas estruturas tendem a reduzir a diversidade e aumentar a presença de espécies oportunistas e exóticas, comprometendo a capacidade do sistema em fornecer serviços ecossistêmicos essenciais, como qualidade da água e suporte à pesca. Para mitigar esses impactos, é crucial adotar práticas sustentáveis, incluindo soluções baseadas na natureza, como a ecoengenharia marinha, que combina princípios de engenharia com processos ecológicos para melhorar a qualidade ambiental e os benefícios socioeconômicos locais. Projetos bem-sucedidos, como o Living Seawalls em Sydney, demonstram o potencial dessa abordagem para aumentar a biodiversidade local e estabilizar as áreas costeiras. No Brasil, onde ainda há pouca adoção de soluções ambientais para infraestrutura marinha, está em andamento um projeto para desenvolver e testar soluções de ecoengenharia em colaboração com especialistas australianos. Essa parceria busca fortalecer a colaboração entre pesquisadores e ampliar a rede de pesquisa sobre os impactos humanos no ambiente marinho. A fase inicial do projeto envolve atividades de engajamento no Brasil para discutir e definir soluções de ecoengenharia, seguidas por visitas de pesquisa às instituições australianas para compartilhar experiências e planejar futuras iniciativas conjuntas. (AU)