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Esporotricose e Cromoblastomicose: desenvolvimento de vacinas baseadas em peptídeos imunogênicos e determinação de marcadores imunológicos de proteção

Processo: 22/11944-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Temático
Vigência: 01 de agosto de 2024 - 31 de julho de 2029
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia - Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
Pesquisador responsável:Sandro Rogerio de Almeida
Beneficiário:Sandro Rogerio de Almeida
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Andrea Regina de Souza Baptista ; Fábio Seiti Yamada Yoshikawa ; Ricardo Jose Giordano ; Shinobu Saijo
Assunto(s):Micologia médica  Esporotricose  Cromoblastomicose  Desenvolvimento de vacinas  Peptídeos  Biomarcadores 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cromoblastomicose | esporotricose | Micologia Médica

Resumo

A cromoblastomicose e a esporotricose são as duas principais micoses de implantação que agora são reconhecidas como doenças tropicais negligenciadas fúngicas. Seu diagnóstico laboratorial baseia-se principalmente na microscopia direta, histopatologia e identificação do fungo por cultura. Micoses Subcutâneas ou de implantação, como a esporotricose e cromoblastomicose, resultam da inoculação do fungo patogênico por ocasião de um traumatismo, em geral cortes por plantas ou pela manipulação do solo. Manifestam-se como lesão supurada da pele ou do tecido subcutâneo, produto da disseminação do fungo por contiguidade ou por via linfática. O tratamento é difícil, com pouca opção terapêutica e muitas vezes a doença é recidivante. A esporotricose é a mais prevalente e disseminada micose de implantação no mundo. Nas últimas décadas foram relatados surtos da doença no Brasil, principalmente pela espécie S. brasiliensis que está intimamente relacionada à transmissão zoonótica por gatos, além de ser a espécie que apresenta maior virulência, manifestações clínicas atípicas em humanos e com altos índices de mortalidade para os felinos. Em relação a esporotricose pretendemos, identificar e avaliar uma potencial vacina de fago recombinante como delivery do peptídeo ZR8, em modelo murino, que posteriormente será testada como uma possível vacina para os felinos, que hoje é o principal vetor da doença. Por outro lado, a cromoblastomicose é a segunda mais prevalente micose de implantação no mundo. Esta doença é causada por fungos melanizados (pigmentação escura) principalmente a Fonsecaea pedrosoi. A cromoblastomicose é uma doença crônica que acomete, em sua grande maioria, indivíduos de baixa renda. Seu tratamento é longo, com grandes efeitos colaterais e de alto custo, uma vez que há poucos antifúngicos disponíveis no mercado capazes de controlar e eliminar o fungo causador desta doença. Deste modo, um grande número de pacientes acaba interrompendo o tratamento, levando a uma alta taxa de recidiva da doença. Por isso, estudos que visam o desenvolvimento de novos fármacos ou técnicas para controlar a cromoblastomicose é de suma importância. Portanto, pretendemos avaliar uma potencial vacina utilizando fago recombinante como delivery do peptídeo Hp11696 de F. pedrosoi, identificado previamente em nosso laboratório, como um potencial alvo antigênico para estratégicas terapêuticas na cromoblastomicose. Pretendemos também definir, em ambos modelos, a importância dos receptores de reconhecimento de padrão Dectin-1, Dectin-2 assim como das citocinas IFN-g e IL-17, na resposta protetora dos animais vacinados, utilizando camundongos nocautes. Desta forma, são esperados avanços na formulação de estratégia vacinal contra a esporotricose assim como na cromoblastomicose, além de consolidar nosso conhecimento sobre a imunomodulação destas micoses de importância em saúde pública de nosso país. (AU)

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