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Irritabilidade e o ambiente familiar em uma coorte longitudinal multigeracional: coorte brasileira de alto risco transgeracional para condições mentais (BHRCS)

Processo: 24/02157-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de julho de 2024 - 30 de junho de 2026
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Psiquiatria
Convênio/Acordo: CNPq
Pesquisador responsável:Eurípedes Constantino Miguel Filho
Beneficiário:Eurípedes Constantino Miguel Filho
Instituição Sede: Instituto de Psiquiatria Doutor Antonio Carlos Pacheco e Silva (IPq). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/12901-9 - Centro Nacional de Ciência e Inovação em Saúde Mental (CISM), AP.ESP
Assunto(s):Psiquiatria do adolescente  Psiquiatria infantil  Primeira infância  Ambiente familiar  Desenvolvimento infantil  Transtornos mentais  Estudos de coortes 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ambiente familiar | coorte | desenvolvimento | irritabilidade | multigeracional | Primeira Infância | Psiquiatria da Infância e Adolescência

Resumo

A irritabilidade, além de ser um sintoma presente em diferentes transtornos mentais - como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ansiedade, e depressão - é também considerada um marcador de risco para saúde mental. Estudos longitudinais prospectivos mostram que crianças com altos níveis de irritabilidade têm maior risco de, ao longo do desenvolvimento, apresentarem transtornos internalizantes e externalizantes, comportamento suicida e prejuízos funcionais. Sabemos que fatores genéticos e fatores relacionados ao ambiente familiar, como psicopatologia parental e parentalidade inconsistente, estão associados à irritabilidade. No entanto, características do ambiente familiar, como fatores socioeconômicos, coesão, conflito e controle familiar, foram até hoje pouco exploradas. Além disso, estudos prévios sobre a relação entre irritabilidade e ambiente familiar avaliaram somente sintomas de irritabilidade, sem considerar a presença de outras alterações psicopatológicas; ou investigaram somente aspectos específicos do ambiente familiar, sem considerar as interações entre diferentes fatores e a influência de fatores genéticos. Ademais, poucos estudos avaliaram a relação bidirecional entre irritabilidade e fatores relacionados ao ambiente familiar, limitando a interpretação dos achados. Objetivos: assim, este projeto pretende avançar o conhecimento sobre a relação entre irritabilidade e ambiente familiar, utilizando dados da Coorte Brasileira de Alto Risco Transgeracional para Condições Mentais (BHRCS), um estudo de coorte prospectivo. Para isso, serão realizados dois estudos, cujos objetivos são: Estudo 1 - avaliar, através de análises de rede, a relação entre: (a) irritabilidade e sintomas de TDAH, ansiedade e depressão (b) fatores relacionados ao ambiente familiar (incluindo fatores socioeconômicos, maus-tratos; coesão, conflito e controle familiar e psicopatologia parental), e (c) fatores genéticos (escore de risco poligênico (ERP) para depressão e ERP para TDAH). Estudo 2 - avaliar o papel mediador de fatores relacionados ao ambiente familiar na relação entre psicopatologia parental e sintomas de irritabilidade em crianças na idade pré-escolar; e avaliar, em um modelo prospectivo, o papel mediador de sintomas de irritabilidade das crianças na relação entre a psicopatologia dos pais na adolescência e a psicopatologia dos pais na idade adulta. Métodos: o estudo 1 será desenvolvido com dados de 2511 participantes da BHRCS, coletados em 3 ondas de avaliações já finalizadas. O estudo 2 será desenvolvido com dados de 267 dos 2511 participantes da BHRCS que têm pelo menos um filho; e de 322 filhos de participantes da BHRCS. A 4a onda de avaliações dos participantes da BHRCS já está em andamento. E a avaliação dos filhos dos participantes será realizada através de entrevistas on-line, de 60-90 minutos, feitas com o cuidador principal, por um psicólogo treinado. Para as análises estatísticas, no estudo 1, utilizaremos análise de redes, e, no estudo 2 utilizaremos modelos de equação estruturais. Implicações: os resultados deste projeto poderão ampliar o conhecimento sobre a complexa relação entre irritabilidade, fatores relacionados ao ambiente familiar e fatores genéticos; e, assim, identificar possíveis alvos de intervenção que possam informar o desenvolvimento de novos1tratamentos e estratégias de prevenção. Além disso, os dados obtidos a partir da avaliação dos filhos dos participantes da BHRCS serão agregados aos bancos de dados da BHRCS, para serem utilizados em novos estudos que poderão contribuir de forma relevante para o campo. (AU)

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