Desenvolvimento de equipamento para revolvimento eficiente de resíduos de pescado

• Processo: 23/14337-9
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2026
• Área do conhecimento: Ciências Agrárias - Engenharia Agrícola - Máquinas e Implementos Agrícolas
• Pesquisador responsável: Paulo Sergio Graziano Magalhães
• Beneficiário: Paulo Sergio Graziano Magalhães
• Empresa: UPP - USINAGEM INDUSTRIAIS LTDA
• CNAE: Atividades de apoio à agricultura ; Aqüicultura em água doce ; Tratamento e disposição de resíduos não-perigosos
• Município: Piracicaba
• Pesquisadores principais: Mara Cristina Pessôa da Cruz ; Rose Meire Vidotti
• Pesquisadores associados: Luis Alfredo Pires Barbosa
• Bolsa(s) vinculada(s): 24/14213-0 - Desenvolvimento de equipamento para o revolvimento eficiente de leiras para compostagem de resíduos de pescado, BP.TT; 24/15758-0 - Desenvolvimento de equipamento para o revolvimento eficiente de resíduos de pescado, BP.PIPE
• Assunto(s): Compostagem Fertilizantes Resíduos agrícolas
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: adubo orgânico | Compostagem | Fertilizantes | pisicultura | resíduos agrícolas | rotor para compostagem | Projeto de equipamentos

Resumo

O Programa Nacional de Resíduos Sólidos PNRS (LEI Nº 12.305/2010) determina a adequação da produção comercial de peixes às regras de redução dos passivos ambientais. Todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade são classificados como resíduos sólidos, que quando não são tratados da maneira correta, podem causar inúmeros problemas ao meio ambiente, impactando o ecossistema negativamente. Por exemplo o decréscimo na concentração de oxigênio dissolvido em corpos hídricos, por conta de o pescado possuir grande quantidade de material orgânico em sua composição. Portanto, aumentando a capacidade de reaproveitamento do material destinado ao descarte, além do benefício financeiro resultado da criação de subprodutos, reduziria o impacto ambiental. A cadeia produtiva do pescado possui algumas alternativas para o reaproveitamento dos resíduos. Dentre estes métodos o processo de compostagem vem ganhando destaque como reaproveitamento de resíduos sólidos da cadeia do pescado na área produtiva. A compostagem é caracterizada pela biodegradação de maneira controlada, onde o resíduo é transformado em adubo orgânico, de manipulação fácil e livre de organismos patogênicos. Estudos comprovam a eficiência e viabilidade da compostagem, que apresentaram teores pertinentes de nutrientes importantes em diferentes porcentagens de uso de resíduos. Resíduos de animais aquáticos possuem altas cargas orgânicas e quantidades significativas de nutrientes de plantas (e.g. N, P, K, Ca e Mg). Trata-se de uma alternativa simples e barata, viável a pequenos produtores, podendo ainda agregar valor a outros processos produtivos. O Centro de Aquicultura da Unesp CAUNESP trabalha há vários anos com técnicas de tratamento de resíduos da aquicultura. Neste período com o apoio da Fapesp desenvolveu técnicas específica para este tipo de resíduo de animais aquáticos que incluem, de modo geral, carcaças de peixes mortos naturalmente, resíduos do processamento. Os resultados demonstram uma maneira fácil e viável de melhorar a sustentabilidade dos empreendimentos de aquicultura por meio da compostagem de resíduos de peixes com substrato vegetal que resultou em um adubo orgânico de excelente qualidade. A principal limitação (dor) para a adoção desta técnica por parte dos pequenos e médios produtores consiste na ausência de um equipamento de pequeno porte para realizar o revolvimento periódico das leiras de compostos. Para contribuir com a solução da destinação correta de resíduos orgânicos alinhada com a PNRS, a UPP se propõe a projetar um equipamento, utilizando-se de métodos numéricos para desenvolvimento, que possa receber um rotor misturador dedicado as especificidades deste tipo de resíduo, visando a mecanização no manejo do composto gerado utilizando a técnica desenvolvida no CAUNESP e lançar no mercado nacional. (AU)