Estudo transgeracional de macrófagos no controle da infecção em ratos de baixo peso ao nascer induzido por desnutrição intrauterina e sua relação com a microbiota intestinal.

• Processo: 24/02740-6
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2027
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Geral
• Pesquisador responsável: Richardt Gama Landgraf
• Beneficiário: Richardt Gama Landgraf
• Instituição Sede: Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas (ICAQF). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Diadema. Diadema , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Alexandre de Castro Keller ; Maristella de Almeida Vitta Landgraf ; Sandra Andreotti ; Vinicius de Andrade Oliveira
• Bolsa(s) vinculada(s): 24/23135-3 - Avaliação da capacidade fagocítica e microbicida de macrófagos de ratos de baixo peso ao nascer induzido por desnutrição intrauterina, BP.IC
• Assunto(s): Recém-nascido de baixo peso Desnutrição Pneumonia Macrófagos Microbioma gastrointestinal Desenvolvimento fetal Inflamação
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: baixo peso ao nascer | desnutrição | inflamação pulmonar | Macrófagos | microbiota intestinal | Programação Fetal | Inflamação

Resumo

Em trabalhos anteriores, nosso grupo demonstrou que a desnutrição intrauterina global acarretou, em ratos Wistar com 12 semanas, hipocelularidade na medula óssea e no sangue periférico, redução na expressão de moléculas de adesão e redução na migração de leucócitos nestes animais. Neste mesmo modelo, também observamos redução da resposta inflamatória pulmonar aguda e alérgica, com menor produção de citocinas e mediadores lipídicos e altos níveis de corticosterona circulante. Estes dados podem estar relacionados à maior predisposição a infecções apresentada por indivíduos com baixo peso ao nascer. A sepse é considerada uma síndrome da resposta inflamatória sistêmica frente à infecção, que leva à óbito milhões de pessoas no mundo, sua fisiopatologia é complexa e envolve a resposta imunológica e diferentes mecanismos da resposta inflamatória, culminando com intensa alteração da homeostasia em seus estágios mais avançados. As alterações celulares bioquímicas e dos mecanismos básicos da resposta inflamatória na vida adulta de animais de primeira e segunda geração que sofreram desnutrição intrauterina são pouco estudadas e compreendidas. Têm sido demonstrada que a composição e o desenvolvimento da microbiota intestinal infantil podem ser influenciado por diversos fatores pré-natais, entre eles o estresse e a dieta materna. Além disso, pode colaborar para o desenvolvimento de diversas doenças crônicas na fase adulta. Juntos, esses dados nos levam a questionar se, após um estímulo infeccioso, haveria modificação da composição da microbiota intestinal concomitantemente a modificação do perfil de macrófagos primários, alveolares e peritoneais, além de prejuízo da capacidade fagocítica e microbicida destes animais, favorecendo o estabelecimento de doenças infecciosas. (AU)