Padrões reprodutivos de jararacas endêmicas de ilhas: evolução e conservação

• Processo: 24/09562-6
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2028
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Zoologia - Fisiologia dos Grupos Recentes
• Pesquisador responsável: Selma Maria de Almeida Santos
• Beneficiário: Selma Maria de Almeida Santos
• Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Henrique Bartolomeu Pereira Braz ; Otavio Augusto Vuolo Marques
• Assunto(s): Ciclo reprodutivo Caracteres sexuais Fecundidade Maturidade sexual Serpentes Herpetologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Ciclos reprodutivos | dimorfismo sexual | estratégias reprodutivas | Fecundidade | Maturidade sexual | Serpentes | Herpetologia

Resumo

Organismos que habitam ilhas diferem previsivelmente de suas contrapartes continentais em várias características ecológicas, morfológicas, comportamentais, demográficas e reprodutivas. Essas diferenças são coletivamente chamadas de "síndrome insular". Embora esse fenômeno tenha sido descrito de forma consistente em uma ampla variedade de espécies animais e vegetais, evidências comparativas recentes questionam se tais mudanças ocorrem em pequenos répteis. Além disso, um padrão claro sobre as mudanças nas estratégias reprodutivas em serpentes insulares ainda não foi estabelecido. Este projeto tem dois objetivos principais. Primeiramente, caracterizaremos as estratégias reprodutivas de cinco espécies de jararacas endêmicas de ilhas do sudeste do Brasil. Especificamente, investigaremos a fecundidade, o tamanho mínimo do corpo na maturidade sexual, o dimorfismo sexual, a época reprodutiva e a intrigante presença de órgãos copulatórios masculinos (hemipênis) nas fêmeas dessas espécies. Com base nesses dados, compararemos as estratégias reprodutivas das populações de jararacas insulares com as da jararaca comum (sua parente continental mais próxima) para testar diversas previsões derivadas da hipótese da "síndrome insular". Responderemos a quatro perguntas derivadas dessa hipótese: (1) As estratégias reprodutivas das jararacas insulares são mais "lentas" do que as da jararaca continental? (2) O "nanismo" que caracteriza as jararacas insulares afeta a magnitude do dimorfismo sexual de tamanho? (3) A estação reprodutiva das jararacas insulares difere da estação reprodutiva da jararaca continental? (4) Qual é a frequência de fêmeas com hemipênis nas diferentes espécies de jararacas insulares? O segundo objetivo deste projeto é subsidiar o desenvolvimento de estratégias de manejo e conservação de jararacas insulares, tanto in situ quanto ex situ. Faremos isso de duas maneiras: (1) estabelecendo populações de jararacas insulares no Laboratório de Ecologia e Evolução do Instituto Butantan e (2) implementando um programa de reprodução ex situ. (AU)