Geodiversidade e biodiversidade da Serra do Acaraí, fronteira Brasil-Guiana

• Processo: 25/01166-7
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2028
• Área do conhecimento: Interdisciplinar
• Pesquisador responsável: Felipe Antonio de Lima Toledo
• Beneficiário: Felipe Antonio de Lima Toledo
• Instituição Sede: Instituto Oceanográfico (IO). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Elizete Celestino Holanda ; Fernando Nadal Junqueira Villela ; Flávio Rizzi Calippo ; Glória Maria Vagioni Tega-Calippo ; Heliane Bevervanso Ferrarese ; José Renato Derntl ; Karen Badaraco Costa ; Mariana Oliva Tomazella
• Assunto(s): Mudança climática Poluentes Nascentes Divulgação científica Geodiversidade Biodiversidade Fronteiras Roraima Brasil Guiana
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Contaminantes | Divulgação Científica | evolução da paisagem | Nascentes | paleclima | TI Wai Wai | Mudanças Climaticas

Resumo

A Serra do Acaraí é um maciço que atinge altitude superior a mil metros e que configura a fronteira do extremo sudeste do estado de Roraima com a Guiana. Nela nascem importantes rios que alimentam a Bacia Hidrográfica do Baixo Rio Branco, como os rios Anauá, Novo, Bararati e Jatapu. A área de estudo deste projeto compreende a Serra do Acaraí e região do entorno no interflúvio entre os rios Anauá e Novo, dentro do território da Terra Indígena Wai Wai, com o objetivo de caracterizar e integrar os dados científicos levantados da geo e da biodiversidade com os conhecimentos tradicionais das comunidades indígenas locais. A proposta atende os eixos prioritários sobre compreensão de habitats e suas espécies, estudos do patrimônio material e imaterial dos povos ancestrais, indígenas e tradicionais e seus conhecimentos associados, etnografias e a integração de dados coletados no campo com tecnologias emergentes. Além dessa caracterização e integração, serão verificadas a ocorrência de mercúrio e outros contaminantes na água e sedimentos dos rios Anauá e Novo, que indiquem possíveis fontes de contaminação para as comunidades indígenas da TI Wai Wai, uma vez que a área sobre com a pressão da exploração de recursos minerais por garimpeiros e o avanço do setor fundiário. Identificando-se contaminantes na região, serão realizados testes para neutralização destes compostos, visando uma proposta de remediação ambiental. Como resultados esperados, pretende-se compreender a evolução da paisagem e da biodiversidade da Serra do Acaraí e teremos como produtos um atlas socioambiental, com mapas temáticos da caracterização física e biológica da área, um inventário de conhecimentos tradicionais acerca do uso de territórios ancestrais e sua geobiodiversidade, além da construção de acervo audiovisual e digital da região para fins de divulgação científica. (AU)