Destruição do melanoma por formulação micelar para aplicação tópica: validação em pele multicelular bioimpressa

• Processo: 25/00313-6
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2028
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Bioquímica - Enzimologia
• Pesquisador responsável: Carmen Veríssima Ferreira
• Beneficiário: Carmen Veríssima Ferreira
• Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Bruna Alice Gomes de Melo ; Marcos Akira d'Ávila
• Assunto(s): Melanoma Transdução de sinais
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Antimelanoma | cultura 3D | Formulação farmacêutica | Fotoprodutos da ribofavina | melanoma | pele bioimpressa | Transdução de Sinal

Resumo

Melanomas são os tumores de pele mais agressivos, pouco responsivos à terapia, e, portanto, são responsáveis por mais de 80% das mortes associadas a neoplasias cutâneas. O tratamento de melanoma é dificultado pela alta resistência e agressividade, o que frequentemente exige protocolos terapêuticos que podem causar efeitos adversos significativos, representando um obstáculo adicional para o manejo terapêutico. Nesse contexto, nos últimos anos revelamos mediadores moleculares associados com migração, adesão e sobrevivência do melanoma que são desligados pelos fotoprodutos da riboflavina (FPRF). O efeito antitumoral dos FPRF foi comprovado em modelos com complexidades crescentes: culturas celulares 2D, culturas 3D (esferoides e organoides) e in vivo (modelo de metástase pulmonar em camundongo). Diante do efeito promissor dos FPRF, desenvolvemos formulações, a base de Pluronic para uso tópico, contendo tais derivados da riboflavina (RF). Os sistemas de nanocarreadores à base de copolímeros em gel, como o Pluronic, têm se mantido em destaque devido ao baixo custo e à capacidade de aumentar significativamente a biodisponibilidade dos compostos que transportam. A utilização de Pluronic para o nanodelivery de FPRF surge como uma formulação tópica promissora, já validado em modelo animal. Portanto, nosso foco no momento, é averiguar se tal formulação também é eficaz em pele artificial humana (contendo focos de melanoma) preparada a partir de células normais (queratinócitos, fibroblastos e melanócitos) e linhagens de melanoma (BRAF e NRAS). Importante destacar que estudos recentes evidenciam a importância da triagem de candidatos a fármacos em modelos experimentais mais complexos, capazes de simular com maior precisão o microambiente tumoral e as diversas interações celulares que ocorrem in vivo, como as culturas multicelulares em 3D. Portanto, o projeto poderá permitir que a população possa ter acesso a uma nova opção terapêutica. Além disso, o estabelecimento de um modelo de pele artificial que não dependa de pele derivada de cirurgias plásticas (amostras de voluntários) para a preparação, propiciará que mais grupos possam usar o modelo para diferentes aplicações. (AU)