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A produção de camarões monossexo na carcinicultura: inovação e biotecnologia

Processo:25/03861-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2026
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2027
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - Aquicultura
Pesquisador responsável:Marina Machado da Costa
Beneficiário:Marina Machado da Costa
Assunto(s):Reversão sexual 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Camarão de água doce | Glândula androgênica | Primers | Produção aquícola | reversão sexual | Biotecnologia em Aquicultura

Resumo

A determinação sexual em Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879), o camarão-da-malásia, ocorre geneticamente pelos cromossomos sexuais ZZ/ZW, sendo modulada pelo hormônio da glândula androgênica semelhante à insulina (IAG). A reversão sexual, baseada na manipulação do IAG em fêmeas ZW, permite a obtenção de neo-machos (ZW), que, ao cruzarem com fêmeas normais, geram fêmeas WW. Estudos prévios resultaram na primeira reversão sexual bem-sucedida no Brasil e na obtenção de fêmeas WW, culminando no pedido de patente nº 24CI095. No entanto, como não há primers desenvolvidos para populações exóticas do camarão-da-malásia no Brasil, foram utilizados primers de populações exóticas asiáticas e nativas do Indo-Pacífico, os quais apresentaram eficiência limitada, exigindo múltiplos ensaios de PCR, análises histológicas e testes de progênie para confirmação dos resultados. Isso aumentou o tempo necessário para a identificação genética, estendendo a confirmação do sexo genético para até 18 meses e o ciclo produtivo para 24 meses. Este projeto visa desenvolver primers específicos para identificação genética do sexo em populações exóticas de M. rosenbergii no Brasil, permitindo a diferenciação de indivíduos ZZ, ZW e WW em até 30 dias e reduzindo o tempo de produção para 12 meses. A obtenção de fêmeas WW é essencial para a implementação do cultivo monossexo de fêmeas, que possibilita maior densidade de estocagem (de 10 para até 50 indivíduos/m²), produção de lotes homogêneos e eliminação da necessidade de despescas seletivas, tornando o sistema produtivo mais eficiente e rentável. Para isso, será realizado o sequenciamento de pools de machos e fêmeas, identificando regiões genômicas associadas à diferenciação sexual para o desenvolvimento de primers específicos para os cromossomos Z e W. Essa inovação eliminará a necessidade de testes prolongados, reduzirá custos operacionais e otimizará a produção, fortalecendo a competitividade da carcinicultura de água doce no Brasil. O projeto elevará o nível de maturidade tecnológica (TRL) da inovação de 5-6 para 8, garantindo a validação comercial da tecnologia e sua aplicação em larga escala. Com isso, o Brasil avançará no uso da biotecnologia aplicada à aquicultura, consolidando-se como referência na produção sustentável de M. rosenbergii. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
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